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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nova barrigada da Folha: "esqueceu" de contabilizar doações à Serra

A Folha de José Serra (Folha de São Paulo) não cansa de dar barrigadas.

A última é uma verdadeira tortura nos números e no ofício jornalístico de informar.

Esconde do leitor números que são públicos e notórios, e estão na internet para qualquer cidadão conferir na internet, na página do TSE (figura abaixo).

Na quinta-feira a Folha de José Serra, publicou a matéria:

A barrigada pode ser conferida no parágrafo:

"... Nas duas últimas eleições, a Petroquímica União repassou R$ 3,91 milhões a políticos. Em 2006, foram R$ 504 mil para o presidente Lula e R$ 251 mil para Geraldo Alckmin (PSDB)..."

Ardilosamente, a Folha "esqueceu" de contabilizar as doações da Petroquímica União em 2006 aos governadores.

A verdade nua e crua é que a Petroquímica União doou R$ 400 mil para José Serra e ZERO para Mercadante, os candidatos a governadores do PSDB e do PT, respectivamente.

Clique na imagem para ampliar


É exatamente o oposto do que disse a Folha:
Tucanos é que receberam mais.

Na consulta ao TSE (figura acima), nas candidaturas majoritárias, o PSDB recebeu R$ 651 mil, mais do que o PT que recebeu R$ 504 mil.

Portanto, em 2006, essa empresa do "Sistema Petrobrás" (segundo a Folha) privilegiou os tucanos e não os petistas.

Se na hora de partilha das doações aos tucanos, José Serra abiscoitou a maior fatia do bolo, preterindo Alckmin, isso é decisão interna do PSDB.

Ainda se olharmos as doações para todos os deputados em 2006, praticamente empata. O PT recebeu R$ 550 mil, e o PSDB R$ 510 mil.

Somando o total de doações, incluindo presidente, governador e deputados em 2006, o PSDB continua na frente, tendo recebido R$ 1.161.000,00 contra R$ 1.054.000,0 do PT.

A barrigada da Folha está aqui, foi replicada no Terra, e no outro barrigueiro das Organizações Globo.

Folha escreve o que não sabe sobre eleição de 2008

Sobre a prestação de contas das eleições de 2008, a Folha escreve no escuro, sobre o que não sabe.

A Folha não tem informações completas, porque as doações aos partidos (e não aos candidatos e comitês) não foram publicadas ainda.

Para dar um exemplo, apenas na campanha de Kassab há R$ 17,6 milhões de origem ainda oculta do público. Esse dinheiro foi doado pelo Diretório Nacional do DEM à campanha de Kassab. E não há nenhuma listagem disponível no TSE de quem está por trás destas doações ao Diretório Nacional (fizemos uma nota aqui a respeito).

A Folha especula, pois ela não sabe se nestes R$ 17,6 milhões existe alguma doação de alguma destas empresas que ela cita.

Folha inventa: "Sistema Petrobras" é, na verdade, Grupo Unipar

No caso da Petroquímica União, é uma das 5 empresa controlada pela Quattor, que tem 60% de controle da do Grupo Unipar e 40% da Petrobras.

Portanto a Petrobras é minoritária, e o correto é dizer que tanto a Quattor, quanto a Petroquímica União fazem parte do Grupo Unipar, e não "sistema" Petrobras.

As empresas do Grupo Petrobras são as subsidiárias, onde a Petrobras é quem controla a empresa.

Se a Petrobras é acionista minoritária, quem controla e dirige a Petroquímica União é o Grupo Unipar, e foram os administradores deste grupo privado que decidiu as doações.

Em resposta à acusação leviana da Folha, a empresa declarou:

"A Petrobras, suas subsidiárias e controladas não fazem doações eleitorais. Na Braskem, Quattor Participações, Quattor Químicos Básicos (antiga Petroquímica União), Rio Polímeros, Polietilenos União e Quattor Petroquímica, todas com gestão privada, a Petrobras participa dos conselhos de administração e fiscal. Nessas empresas, a Petrobras não possui ingerência na gestão executiva e seus conselhos não deliberam sobre doações eleitorais."

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