Neste início de maio o TSE publicou a prestação de contas das eleições de 2008, apresentada pelos partidos e candidatos.
Kassab recebeu doações de R$ 30 milhões (para ser exato: R$ 29.788.531,55).
Deste valor, R$ 28 milhões (R$ 27.872.986,85) vieram do Comitê Financeiro Municipal Único do DEM.
Os doadores ao Comitê Financeiro Municipal Único do DEM são listados, sendo a maior empresa doadora a empreiteira Carmargo Correa, com R$ 3 milhões (a empreiteira da operação Castelo de Areia, mas o problema não este, porque esta doação está registrada legalmente, independente de acharmos certo ou errado).
O problema é que R$ 17,6 milhões (R$ 17.596.000,00), foram doados pelo Diretório Nacional do DEM.
E não há nenhuma listagem disponível no TSE de quem está por trás destas doações ao Diretório Nacional.
O distinto público fica sem saber quem está por trás das doações de R$ 17,6 milhões do total de R$ 30 milhões (mais da metade).
Assim fica uma aberração legal: uma empresa que quer esconder do público as campanhas que patrocina, doa ao Diretório Nacional em vez de doar à candidatura, e a doação aparece como sendo do Diretório Nacional, ocultando a empresa.
Pode ser legal, mas fere completamente o espírito da transparência pública.
O TSE precisa divulgar todas as doações aos partidos também (aos Diretórios Nacional, Estadual e Municipal), para fazer valer a transparência.
Com a palavra o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do TSE: gabcarlosbritto@stf.
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