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quinta-feira, 28 de maio de 2009

DEM quer Kassab governador. Esqueçam o que eu assinei


O prefeito quando era candidato a prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) assinou uma "declaração pública" na qual prometia que, se eleito, cumprirá integralmente o mandato --que se encerra em 2012-, não abandonandar a prefeitura para concorrer à governador do Estado. Pelo visto a palavra de Gilberto Kassab não vale muito, pois ela foi empenhada, e está para ser quebrada sob a esfarrapada desculpa de que as circunstâncias ou o “bem da coletividade” podem exigir.

Animados por pesquisas de intenção de voto ecomendada por Serra e kassab, que mostram o prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), bem posicionado no Estado de São Paulo, aliados começaram a alimentar o nome do prefeito como possibilidade para entrar na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2010. A articulação, tem como objetivo principal tentar evitar que o ex-governador e secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, seja o candidato tucano ao governo paulista.

A tese de lançar o prefeito dificultaria uma articulação pró-Alckmin no PSDB, dando força, na prática, à candidatura do secretário da Casa Civil no Estado, Aloysio Nunes Ferreira, que tem boa relação com o DEM. Também fortaleceria Kassab para viabilizá-lo como principal nome para disputar o governo do Estado em 2014.

Desde a eleição municipal de 2008, a relação entre DEM e Alckmin não é das melhores. No ano passado, o ex-governador saiu enfraquecido da disputa pela prefeitura paulistana, depois de resistir a uma composição com Kassab. Acabou ficando fora do segundo turno. Ultimamente, tem buscado se reaproximar do DEM. Encontrou-se recentemente com um dos principais líderes do partido, o ex-senador Jorge Bornhausen.

As pesquisas às quais o DEM teve acesso deixaram o núcleo próximo a Kassab entusiasmado. Nas sondagens, ele aparece com 38% das intenções de voto, contra 48% de Alckmin. Aliados do prefeito também pediram a institutos de pesquisa que colocassem o seu nome nos próximos levantamentos.

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o partido teve conhecimento da pesquisa. "É importante ter um nome bem colocado nas pesquisas, mas tudo vai passar por (José) Serra (governador paulista)", afirmou.

De acordo com Bornhausen, o partido vai manter seu acordo com o PSDB. "Nosso primeiro compromisso é apoiar o candidato lançado por Serra. O segundo é ceder a vaga para o Senado a Orestes Quércia (ex-governador paulista). E o terceiro é lançar como candidato majoritário Afif Domingos (secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho)", declarou.

Quércia (PMDB), que tem acordo com o PSDB e o DEM para a eleição de 2010, avalia que Kassab não será lançado. "Mas, se ele quisesse, acho que seria um candidato fortíssimo", afirmou.

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