O comércio de veículos no mercado brasileiro voltou com força nos três primeiros meses de 2009. Segundo dados divulgados ontem pela Anfavea, entidade que reúne as montadoras no país, as vendas no setor atingiram 668,2 mil unidades no período, alta de 16,9% em relação ao primeiro trimestre de 2008. Só em março, foram comercializados 271,4 mil veículos, um recorde de vendas na história do setor para esse mês e uma alta de 36,2%, contra fevereiro, segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.
Venda de veículos no Brasil desperta interesse mundial
As filiais tiveram que enviar relatórios a suas matrizes para explicar como o Brasil conseguiu ampliar em 3,1% as vendas no primeiro trimestre enquanto em alguns países houve quedas superiores a 50%. Mesmo com a previsão de um mercado interno 3,9% menor em vendas este ano em relação a 2008, o País é um "case" no setor.
Brasil é vitrine, mesmo com projeção de venda 3,9% menor
Na primeira projeção que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou para este ano, o mercado brasileiro cairá 3,9% - 2,820 milhões unidades, em 2008, para 2,720 milhões. Mesmo assim, a Anfavea afirma que o resultado tem de ser comemorado diante de uma crise que derruba vendas acima de 50% em vários países.
"Os diretores e dirigentes da indústria automobilística nacional nunca fizeram tantos relatórios para suas matrizes para explicar como o Brasil reagiu tão bem a uma crise desta magnitude", afirmou ontem Jackson Schneider, presidente da Anfavea. "Além do Brasil e da China, que deve ter um pequeno crescimento neste ano, nenhum outro País apresenta resultados tão bons."
Redução do IPI, restabelecimento rápido do crédito e maior confiança do consumidor são alguns dos fatores que explicam a melhor posição do Brasil, acredita a Anfavea.
Trimestre animador
Números já conhecidos no mercado, as vendas cresceram 3,1% nos primeiros três meses do ano com 668,3 mil unidades comercializadas - no mesmo período de 2008 foram 648 mil veículos. No período, a produção caiu 16,8% - foram 660 mil unidades contra 792,9 mil de 2008.
Daqui para frente, Schneider afirmou que a indústria nacional vai se concentrar no mercado doméstico, que passará a ser muito assediado com o excesso de oferta de veículos em todo o mundo. "Vamos ter que focar o mercado brasileiro e na América Latina", afirmou. "Daqui para frente, a disputa vai ficar muito mais difícil, sem contar com os novos competidores, os chineses e os indianos, que vão querer uma parte deste bolo."
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