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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Boa viagem

Quanto custa para os cofres públicos os gastos dos parlamentares com passagens aéreas desde 2003 – em R$ milhões


Meus queridos leitores.Vamos para Bariloche? Não é má ideia né não?, mas Nova York ou Paris sem dúvida valem mais a pena. É tudo de graça, se você for amigo de um deputado ou parente de um senador. As passagens aéreas estão na cota particular de cada congressista. O contribuinte, que no caso é você meus queridos leitores, pagam, o político passeia, a cupinchada vai junto. Ou vai mesmo sozinha, porque aguentar a companhia do parlamentar pode não ser do agrado de todo mundo.

Veja só. Até quem se dizia “bastião” e luta contra a corrupção, pegou uma carona na boquinha do cofre público. Pior foi a explicação da cupicha: “O delegado usou a passagens, usará e considero um uso dos mais justos e legítimos da minha cota de passagem porque foi na luta contra a corrupção. É a mesma bandeira do PSOL e do delegado Protógenes”...

Oras,oras querida!. Se o dotô estava levantando a bandeira do seu partido, nada mais justo que o partido pague pelas passagens. O que não pode e não deve é que esse dinheiro saía do meu bolso, do bolso do trabalhador brasileiro que acorda às 5 da manhã e trabalha de sol a sol, do cofre público, dinheiro do contribuinte.

Lógico que o dotô Protógenes pode fazer campanha para quem ele quiser. Pode sim andar de braços dados com a louca da Heloisa Helena. Pode fazer oposição ao Presidente Lula. Mas, o que não pode é usar dinheiro público para fazer campanha.Aliás dona Luciana, que fique bem claro. Não pode o PSOL, o PSDB, o DEM, o PT .Protógenes, que adora holofote, não quer mais atender à imprensa. Neste caso, seria para explicar por que usou os bilhetes da parlamentar, justamente em meio ao escândalo da "farra das passagens" no Congresso.



Em teoria, as passagens aéreas servem para que os políticos possam viajar entre Brasília e seus redutos eleitorais, mantendo o necessário contato com suas bases políticas. A menos que um deputado tenha muitos eleitores nos hotéis de Bariloche, nos cafés de Buenos Aires ou nas butiques de Paris, seus voos internacionais não se justificam. Mas por isso mesmo, devem raciocinar os parlamentares, posso dar as passagens para quem eu quiser... É o povo que paga mesmo

Imaginam que é propriedade pessoal deles, não uma prerrogativa a ser utilizada com critérios objetivos. O absurdo vai a tal ponto que a viúva de um senador "herdou" as passagens que o finado não pôde utilizar, convertendo em dinheiro a cota prevista.

Com o escândalo em curso, o Congresso quis "moralizar" o sistema. E terminou oficializando a farra: agora ficou estabelecido que, para os familiares, as viagens grátis estão liberadas. "A família é sagrada", diz o deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE). Não dirá o mesmo, pode-se supor, do dinheiro do contribuinte, que banca os convescotes.

Com parlamentares assim, haveria uma solução bem simples para o problema. Liberem-se as passagens para o exterior. Mas só as de ida. E boa viagem.

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