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sábado, 14 de março de 2009

Comitê do BIS terá Brasil como novo integrante


O Brasil tornou-se membro do Comitê de Basileia sobre Supervisão Bancária, do BIS (Banco de Compensações Internacionais, espécie de banco central dos bancos centrais). Além do Brasil, o comitê passou a incluir também representantes da Austrália, da China, da Índia, da Coreia, do México e da Rússia.

O Comitê de Basileia do BIS, que tem sede na cidade suíça de mesmo nome, tem como objetivo central fortalecer padrões e práticas de gerenciamento de riscos e supervisão do sistema financeiro no mundo todo.

O Brasil deverá ser representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, e por um diretor ou da área de Normas, ou da de Fiscalização, ou da de Política Econômica. O BIS vem tentando implementar uma maior integração e troca de informações bancárias entre os países e a adoção de padrões comuns, como o aumento de capital mínimo de instituições financeiras.

Uma dificuldade para aprimorar a regulação global, agora reduzida com a inclusão de novos membros no comitê, era a participação restrita a 13 países desenvolvidos, como os EUA, o Reino Unido, a Alemanha, o Japão, a França e a Suécia. O convite à participação do Brasil e de outros emergentes atende à proposta de líderes do G20 de que órgãos formuladores de padrões de regulação financeira revissem seus critérios de inclusão de membros. O Brasil, com outros países do G20, além da Argentina, também foi chamado para integrar o Fórum de Estabilidade Financeira.

"O convite ao Brasil é reflexo da qualidade da regulação e da supervisão do sistema financeiro implementados pelo país", disse em nota o BC.
"A participação do Brasil reflete a qualidade da supervisão do país, de um sistema financeiro que tem uma correta fiscalização, bancos bem capitalizados, agora com provisões reforçadas, a pedido do BC, e que têm seguido o cronograma de implantação das normas mais recentes de Basileia", diz Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Ratings.

"A inclusão dos novos membros mostra a necessidade de integração com outros países na solução de saídas conjuntas, uma vez que os grandes bancos atuam em várias regiões, como bancos alemães, no problemático Leste Europeu, ou instituições europeias e americanas na Ásia e na América Latina", afirma o analista.
"Isso exige troca de informações entre BCs para obter uma devida visão sobre as necessidades, os riscos e os pontos fortes desses bancos em cada país e, com isso, serem tomadas medidas conjuntas." (Folha)

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