As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus na primeira quinzena de fevereiro passaram de 103 mil unidades. ´´É o segundo maior volume nesse período desde 2002, quando começou a compilação quinzenal de licenciamentos - só ficou atrás de 2008, com 107 mil unidades.
Os números já animam a cadeia automotiva, que, a partir dos números mais positivos, tende a diminuir os volumes de demissões e férias coletivas.
A Renault do Brasil, por exemplo, confirmou ontem que vai reintegrar, a partir de março, 500 dos mil empregados que estavam com contrato de trabalho suspenso desde dezembro passado e que passaram a receber a Bolsa Qualificação, depois da abrupta queda de vendas que atingiu todo o setor automotivo no final do ano. A previsão era de que esses trabalhadores voltassem ao trabalho somente em maio, mas o aquecimento das vendas em janeiro e ainda no início de fevereiro - além da previsão de lançamento de um novo veículo - antecipou a meta.
"A retomada na produção da indústria automobilística não depende das exportações, que continuam em queda", comentou Wilson Rocha, diretor de vendas e engenharia da TRW Automotive, fabricante de autopeças que tem grande participação nas montadoras do País.
Venda reage e Renault reintegra funcionários
Com 103.067 veículos emplacados (incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), a primeira quinzena de vendas de veículos neste mês já começa animar a indústria automobilística, o que deverá diminuir os rumores de demissões em todos os setores que participam da produção de veículos.
A Renault do Brasil confirmou ontem vai reintegrar, a partir do início de março, pelo menos 500 dos seus 1 mil empregados cujo contrato de trabalho foi suspenso em dezembro passado e que recebem a Bolsa Qualificação, depois da abrupta queda de vendas que atingiu todo o setor automotivo no final do ano. A previsão era de que estes trabalhadores voltassem ao trabalho somente em maio, mas o aquecimento das vendas em janeiro e ainda no início de fevereiro, além da previsão de lançamento de um novo veículo, antecipou a meta.
Comparado aos cinco últimos anos as vendas da primeira quinzena de fevereiro de 2009 só perdem para igual período de 2008 (107,2 mil unidades), quando houve recorde de vendas de veículos no País.
Em comparação aos 15 dias de janeiro, quando foram emplacados 98.322 unidades, houve um crescimento de 4,82%. "Isso mostra que a economia do País está forte, já que a retomada na produção da indústria automobilística não depende das exportações que continuam em queda", comentou Wilson Rocha, diretor de vendas e engenharia da TRW Automotive, fabricante de autopeças que tem grande participação nas montadoras do País.
Em outubro de 2008 as vendas ao exterior totalizaram 68,6 mil unidades, volume que caiu para 50,5 mil unidades em novembro, 43,6 mil em dezembro e fechou janeiro com 22,6 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
As exportações em queda interferem, mas não inibem a produção. "Para o primeiro trimestre deste ano as perspectivas são boas. O período fechará com volume de 620 mil veículos, volume 20% menor que o mesmo período de 2008 Entendo que a indústria automobilística chegará a um patamar razoável, com a produção de 2,6 milhões de veículos em 2009", prevê Rocha.
Menos estoques
Outro fator positivo para o setor é a redução do volume de estoque de veículos, que caiu de 306 mil unidades em dezembro para 193 mil unidades em 31 de janeiro. "Se a redução do IPI, que vence em março, for estendida, dará continuidade à reação das vendas no mercado brasileiro", diz o diretor da TRW.
A média diária de vendas de fevereiro, que totalizou 9.939 veículos, mostra que a indústria automobilística já atingiu o ponto de equilíbrio. Segundo Rogelio Golfarb, diretor de assuntos governamentais e de comunicação corporativa para a América do Sul, "essa é a verdadeira realidade do mercado".
Renault retoma
Segundo o coordenador da delegação sindical da Renault, Robson Jamaica, a fábrica deve voltar a trabalhar com metade do segundo turno entre os dias 5 e 20 de março, o que aumentaria a capacidade de produção dos atuais 320 veículos diários para até 540 carros por dia. "A expectativa é a de que os outros 500 funcionários afastados voltem ainda no primeiro semestre do ano", disse o coordenador.
A empresa fez um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, no final do ano, para evitar demissões e, desde o começo de janeiro, mil de seus 4.650 funcionários permaneciam em casa ou em cursos de treinamento recebendo seus salários em parte da empresa e em parte do FAT -- Fundo de Amparo do Trabalhador. O acordo com o sindicato deveria ter vigência até maio próximo.
Nesta semana, a Renault deve enviar um comunicado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social do Paraná com o nome dos funcionários e a data de volta ao trabalho. O secretário Nelson Garcia disse que os trabalhadores receberão o número de parcelas do seguro-desemprego referentes ao tempo de afastamento e, imediatamente à retomada dos contratos, eles voltam a recolher os benefícios previdenciários e Fundo de Garantia.
A Renault informou que encerrou o mês de janeiro com recorde de vendas e alta de 14,7% no volume de veículos emplacados em relação mesmo período de 2008. Para se ter uma ideia, em janeiro o setor automotivo teve retração de 7,6% em relação a igual mês de 2008 e alta de 3% frente a dezembro. Em janeiro, a Renault vendeu 8.797 carros, 13,5% acima de dezembro de 2008 (7.752 unidades).
A montadora fechou o mês com participação de mercado de 4,6%, ante (3,7% em janeiro de 2008).
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