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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Serra manda dizer :Movimentos sociais, aqui não


O secretário estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, disse ontem que as invasões do chamado carnaval vermelho no Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, são são pretexto para luta política. Entre domingo e segunda-feira, militantes ligados a José Rainha Júnior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), invadiram 20 fazendas em protesto contra o governo estadual José Serra. "Essa situação serve apenas para esse movimento, pois perturba a tranquilidade na região e não serve para eventuais candidatos ao assentamento", disse. "Isso tudo é pretexto para a luta política. Se referindo ao PT, mas sem mencionar o nome da sigla, Marrey disse: Parece um partido de oposição ao governo do Estado. Tem carnaval vermelho, abril vermelho, outubro vermelho e natal vermelho. A cada momento é um pretexto para esse tipo de ação que não leva a nada só para perturbar o governador."

Para Marrey, se o objetivo era protestar contra a lentidão da reforma agrária, os manifestantes erraram o endereço. "Eles têm de ir para a Esplanada dos Ministérios.Segundo ele, o governador José Serra (PSDB) não tem ada a ver com MST, a responsabilidade pela reforma agrária é do governo federal." Segundo Marrey, ao Estado cabe apenas uma participação subsidiária na arrecadação de terras tidas como devolutas.

Sobre as críticas da União Democrática Ruralista (UDR) à demora na votação do projeto que regulariza áreas com mais de 500 hectares no Pontal, Marrey disse que a proposta, está na Assembleia, será votada no momento oportuno.Luiz Antônio Marrey, disse ainda que as que os sem-terra estão fazendo campanha políticas e que eles deveriam protestar em Brasília e falar com Lula.

Marrey, afirmou que o governo paulista não revogará, em hipótese alguma, as duas portarias que excluem a participação de movimentos sociais nas comissões de seleção de assentados no estado.

Ameaça

Marrey afirmou ainda que o estado vai agir com rigor nas reintegrações de posse determinadas pela Justiça, utilizando inclusive a força policial, se necessário.

Os movimentos deveriam cobrar novos assentamentos na Esplanada dos Ministérios. O governo federal tem a faca e o queijo na mão para realizar a reforma agrária. Estamos no sétimo ano do governo Lula, que tem muita afinidade com os movimentos sociais, aqui em São Paulo não, concluiu Marrey.Eu desafio o secretário (Marrey) a marcar uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para levar a reforma para o comando do Incra. Eu e Marrey falamos a mesma linguagem. Nós dois queremos que a reforma agrária seja de responsabilidade do governo federal. Se Marrey não marcar reunião com o ministro, eu mesmo vou marcar e dizer que o governo Serra coloca milhões na construção de presídios em São Paulo, mas não põe um centavo nos assentamentos - disse Rainha .

Rainha disse que a ocupação das 20 fazendas será mantida. Ele prepara um abaixo-assinado pedindo o fechamento do Itesp, Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo. Rainha espera ter a adesão de cinco mil pessoas que, segundo ele, estão descontentes com o processo de assentamento na região. Ele disse que o órgão não cumpre o seu papel, de monitoramento e fiscalização das terras.

- O Itesp, com os seus 700 funcionários, é um verdadeiro cabide de emprego do José Serra. Boa parte dos empregados não é concursada. O órgão tem que cuidar da questão fundiária, de fiscalização e da legalidade das terras, e não dos assentamentos. O Itesp cadastrou seis mil pessoas no Pontal, mas até agora não fez nada por ninguém - disse Rainha.

Talvez você se interesse em ler essa matéria aqui: Pragmático, "MST tucano" compra lote e cita mercado

E no blog, Os Amigos da Presidente Dilma, a nota interativa é;Convite para Dilma . Opine, participe, sugira...

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