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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Nosso blog citado duas vezes na Folha...Com fonte e sem fonte


A coleguinha Renata Lo Prete, publicou na sua coluna "painel" da Folha,(assinante) um trecho do artigo " O corregedor da câmara dos deputados - O homem do castelo" do meu amigo Laerte Braga, escrito com exclusividade aqui no blog... Sem citar o autor do artigo e muito menos a fonte, "Os amigos do Presidente Lula", Renata escreveu..."O deputado Edmar Moreira (DEM-MG) tem um passado tão interessante quanto o seu castelo kitsch-medieval. Um ex-preso político lembra-se dele como o tenente da PM mineira que sempre aparecia de óculos ray-ban no final de 1969 e início de 1970.Rogério Teixeira, engenheiro ambiental, estava preso na cadeia de Linhares, em Juiz de Fora, acusado de subversão pela ditadura militar. Recorda-se que o tenente Edmar obrigava todos a falar o nome completo e a qual organização pertencia. Chutes na porta da cela e gritos de "levanta comunista" eram comuns. "Ele soltava os cachorros no pátio. Ladravam noite adentro. E as sirenes eram acionadas", diz Rogério. Edmar também dispararia tiros para o ar". (Compare com o texto abaixo)

Já Fernando Rodrigues, também da Folha de São Paulo, agiu corretamente. Citou aqui, o autor, Laerte Braga e o nosso blog. "O relato já vazou para vários blogs mineiros e alguns de abrangência nacional, como o “Amigos do Presidente Lula”,disse Fernando Rodrigues... aqui

Leia de novo o artigo citado pela Folha: O corregedor da câmara dos deputados – O HOMEM DO CASTELO


Laerte Braga


Os principais sites, jornais e noticiários desta quinta-feira deram destaque às críticas feitas dentro do próprio DEM – DEMOCRATAS – pela indicação do deputado edmar moreira para o exercício da função de corregedor da Câmara dos Deputados. Corregedor é uma espécie de fiscal dos bons costumes, do decoro parlamentar e do exercício digno do mandato. Procedem as críticas.

O noticiário ateve-se ao castelo de propriedade do deputado, segundo ele em nome dos filhos, na cidade de São João Nepomuceno, próxima de Juiz de Fora. Não está declarado nos bens do deputado. Consta que edmar é proprietário ali de um terreno num valor ínfimo em relação ao castelo. Esse negócio de castelo é mania de novo rico aparecer. Pendurar pneu no pescoço.

Vamos a um relato sobre o corregedor.

“Primeiros meses de 1970. A penitenciária de Linhas em Juiz de Fora lotada de presos políticos, uns trezentos homens e mulheres de todas as idades e profissões. Todos já com inquéritos concluídos e aguardando julgamento pela Auditoria da Quarta Circunscrição Militar. Poucos com sentença já definida – os guerrilheiros do grupo de Caparão e sargentos rebeldes de Brasília –.

Todas as manhãs passava pelas galerias um oficial da Polícia Militar, quase sempre um tenente. Fazia o confere, ou seja, verificar se os presos estavam em suas celas e se havia alguma anormalidade. Olhava o número da cela, verificava se o preso estava lá e pronto.

Certo dia apareceu um tenente que usava óculos tipo ray ban e que ao invés de olhar e anotar que o preso continuava preso, chutava a porta de aço e exigia que cada um se levantasse e dissesse o nome e a organização a qual pertencia.

Como foi uma coisa nova alguns fizeram isso, outros não, mas resolvemos neste mesmo dia na hora que íamos para o pátio onde podíamos conversar uns com os outros, que não iríamos mais responder ao tal tenente. Aguardamos ansiosamente o dia em que ele estaria de serviço de novo. Ele chegou, bateu na porta de aço da primeira cela perguntou pelo nome e o companheiro nem virou a cabeça. Estava como havíamos combinado, deitado na cama e voltado para a parede. Nome? Chutes na porta. Organização? Chutes na porta. Levante-se. Comunista filho da puta!

Chutes na porta e assim foi por mais algumas celas, até que percebeu o que estava acontecendo. Ninguém se levantou, ninguém respondeu nada. À noite a resposta dele – soltou os cachorros, literalmente, nos pátios, mandou tocar as sirenes e ligar os holofotes, passou a noite inteira com a tropa dando tiros para o ar. Dia seguinte entrou outro oficial de dia e tudo voltou ao que era antes. Quando o tal tenente estava de serviço era a mesma coisa. Isso aconteceu uma, duas, três vezes, ou quatro vezes, até que a notícia vazou da vizinhança da penitenciária para a cidade – estão fuzilando os presos políticos de Linhares – O comando da IV Região Militar resolveu afastar do serviço o tal tenente de óculos ray ban.

Hoje ele é dono do castelo Monalisa e corregedor geral da câmara dos deputados.

Seu nome? edmar moreira.”

Anos mais tarde envolveu-se num incidente no clube D. Pedro e acabou reformado, quando já capitão.

Quando da CPI do mensalão, no depoimento do deputado roberto jéferson, esse saudou o deputado hoje corregedor como amigo e declarou ter sido seu hóspede em seu magnífico castelo e privado das delícias da cozinha do corregedor.

O institucional está falido.

Sugiro Beira-mar para deputado. Por sinal, o traficante está preso numa prisão particular. Simples. A tal prisão de segurança máxima é propriedade do deputado – sua empresa ou uma delas – e presta serviços terceirizados ao governo.

É especialista nesse negócio.

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