O novo corregedor da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG)(foto), também foi denunciado à Justiça em dezembro de 2007 pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, acusado de se apropriar ilegalmente de contribuições ao INSS feitas por seus empregados em uma empresa de vigilância.
O castelo (aqui as fotos), do deputado tem 36 suítes com hidromassagens e torres de até oito andares. Colocado à venda, o Castelo Monalisa, está avaliado em torno de R$ 25 milhões.Edmar abre os portões dos 7.500 metros quadrados de área construída para festas regadas a vinhos guardados em uma adega com capacidade para oito mil garrafas. Em 1993, no auge do prestígio político, o então presidente Itamar Franco era uma das figurinhas carimbadas na festa de Edmar.
O deputado não declarou o castelo monalisa na relação de bens enviada à Justiça Eleitoral. O deputado declarou ao TRE de Minas, em 2006, ser proprietário de duas empresas de segurança (a F. Moreira Vigilância e a Ronda Equipamentos e Serviços de Segurança). Foram delas as maiores doações à sua campanha a deputado em 2006: R$104 mil, do total de R$207,2 mil.
Mas o deputado Edmar sabe fazer dinheiro como poucos;Dos 14 projetos de lei apresentados por Edmar Moreira desde 1991, dois tratam do mesmo assunto: a privatização dos serviços de segurança em presídios, que abriria uma nova oportunidade de negócios para suas empresas.
Segundo conta seus amigos parlamentares, Edmar, nasceu pobre, filho de um carteiro e de uma professora primária, e que, Edmar se aposentou como capitão da Polícia Militar. Leonardo Moreira, filho do novo corregedor da Câmara, diz que sucessão de 2010 está por trás de acusação e que, hoje ele não está bem e não fala com a imprensa
Como ficar rico roubando os empregados
O novo corregedor da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG), foi denunciado à Justiça em dezembro de 2007 pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, acusado de se apropriar ilegalmente de contribuições ao INSS feitas por seus empregados em uma empresa de vigilância.
Na denúncia, o procurador diz que os impostos foram descontados dos funcionários da F.Moreira Empresa de Segurança e Vigilância Ltda., sediada em São Paulo, mas não repassados ao governo. Esta dívida, segundo a Previdência, é de R$ 1 milhão (valor de 2005, incluindo o imposto não pago, juros e multas).
Moreira é investigado em inquérito aberto em 2007 no Supremo Tribunal Federal. Se o relator do caso, Eros Grau, aceitar a denúncia, o deputado passará a ser réu e responderá a processo criminal por apropriação indébita. Grau ainda não se pronunciou.
No inquérito, o advogado do congressista, Alberto Felício Júnior, reconhece a dívida e justifica o não-pagamento informando que "a empresa vem passando por dificuldades decorrentes de constantes atrasos em seus recebimentos". Com capital social de R$ 2,7 milhões, segundo a Junta Comercial de São Paulo, a F.Moreira foi a principal doadora das últimas campanhas do deputado. Conforme declarações entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, em 2002, a empresa bancou 61% dos gastos da campanha dele (R$ 168 mil), e, em 2006, 39% (R$ 79 mil).
Na investigação, também há a informação de que são cobrados da F. Moreira R$ 8,2 milhões em outros processos por não recolhimento de impostos. A defesa nega essas dívidas. A história iniciou em 2000, quando a empresa de Moreira foi multada por não recolher os tributos descontados de março de 1997 a dezembro de 1998. Em 2003, foi aberta a primeira investigação, que tramitava na Justiça Federal de São Paulo. Mas, como Moreira tem foro privilegiado, o inquérito teve de ser enviado ao STF, o que só ocorreu em 2007.
Para tentar encerrar o caso, Moreira disse ao STF ter aderido a programas de parcelamento de débitos, o Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e o Paes (Parcelamento Especial). Mas a Receita disse que a F. Moreira foi excluída do Refis em 2003 por falta de pagamento e que o débito negociado no Paes nada tem a ver com o que resultou na abertura do inquérito. O fato levou o procurador a pedir abertura de processo.
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