Cheiro de Mensalão de Serra avança nas agências de marqueteiros

Serra abre as arcas do tesouro paulista, em uma gastança com propaganda, em época de contenção, quando o recomendável a governantes é gastar cada centavo em ações que gerem emprego e contenha a crise internacional.

Com isso, os papas do marketing político do Brasil Duda Mendonça, Nizan Guanaes e Fernando Barros (Propeg), seguem o caminho inverso dos bandeirantes e fazem uma verdadeira corrida ao ouro em direção à extravagância dos anúncios de José Serra.

Hoje, cada um deles é responsável por um lote da conta milionária na área de transportes metropolitanos.

COINCIDENTEMENTE tucanos pressionam Serra para contratar na campanha de 2010 um marketeiro fora de São Paulo.

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o embaixador Sérgio Amaral insistem na ideia de que o jornalista Luiz González, responsável por sua vitória em 2004 e 2006, funciona bem em São Paulo, mas não conhece o resto do país.
Prova disso, segundo essa linha de raciocínio, seria a derrota de Geraldo Alckmin para o presidente Lula em 2006.

COINCIDENTEMENTE, segundo tucanos, Sérgio Guerra intercedeu pessoalmente em favor de Duda, sugerindo que Serra não feche as portas para o publicitário.

COINCIDENTEMENTE, Nizan Guanaes conta com a simpatia do ex-presidente FHC. Em 2002, comandou a campanha de Serra para a Presidência.

COINCIDENTEMENTE, Fernando Barros tem trânsito com parlamentares do DEMos e do PSDB. Por sua agência, PROPEG, já passaram o próprio Duda Mendonça, e o Guiga (Guilherme Sodré), que tornou-se famoso durante a operação Satiagraha.

Com isso Serra está montando seu dream-team (time dos sonhos) de marqueteiros, usando as verbas publicitárias dos cofres públicos paulistas, para mandar a campo aquele que achar melhor na época da campanha.

Duda, Nizan e Fernando Barros ganharem licitações de publicidade, e fazerem anúncios úteis, a princípio, não teria maiores problemas.

O que dispara o alarme e acende o sinal vermelho, são propagandas que fogem ao bom senso do próprio mercado publicitário, como as da SABESP em rede nacional aberta, e outras em TV por assinatura, inadequado para uma propaganda de utilidade pública de massa dirigida à minoria dos domicílios que contam com TV paga.

Sou só eu, ou vocês também estão sentindo um cheiro de mensalão tucano, nestas COINCIDÊNCIAS TODAS: contratações de agências de marqueteiros, propaganda de serviços públicos dirigidos a paulistas em rede Nacional (SABESP) na Globo e Bandeirantes, anúncios governamentais em TV's pagas a cabo e por satélite ....

Fonte PIG: Folha de São Paulo