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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Suplentes assumem vagas de deputados


A Mesa Diretora da Câmara marcou para o dia 6 de janeiro a posse dos 18 suplentes que vão substituir os deputados que a partir de 1º de janeiro vão deixar a Câmara para comandar uma prefeitura. Há dúvidas ainda se o suplente Benedito Roberto Alves Ferreira (PTB) vai assumir. O titular da vaga, deputado Frank Aguiar (PTB-SP), vice-prefeito eleito de São Bernardo, ainda não decidiu se vai deixar o Congresso. Aguiar se diz divido entre os pedidos do Presidente Lula e do prefeito eleito Luiz Marinho (PT) para que permaneça no Legislativo.

O resultado das eleições municipais de outubro trouxe poucos efeitos para a relação de forças entre governo e oposição no Congresso. A base aliada perdeu para os oposicionistas apenas um voto. Chama atenção, no entanto, que entre os 14 partidos governistas algumas bancadas cresceram e outras encolheram.

Como na suplência vale o mais votado da coligação que elegeu o deputado para a vaga, os quadros dos partidos no Congresso também apresentam reflexo das eleições. O PTB foi quem mais lucrou. Ganhou três vagas e soma 22 deputados. O DEM vai passar a contar com dois novos gabinetes, sendo um do PSDB. O PMDB, a maior bancada, também foi ampliada, recebeu duas novas cadeiras, sendo uma no primeiro e outra no segundo turno.

A base governista, por outro lado, perdeu espaço. PT, PCdoB, PSB e PP perderam um representante cada um. O PR foi o mais prejudicado porque elegeu três deputados para comandar prefeituras, sendo que os suplentes não são dos quadros do partido. A nova composição das bancadas pode influenciar a disputa pelo comando da Câmara, que deve contar com uma votação apertada. Com os novos parlamentares, a campanha do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), em um primeiro momento, ganha reforço.

O principal concorrente do pemedebista, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), perdeu votos em seu partido e no PR, que tende a fechar apoio à sua candidatura. Na eleição deste ano, dos 93 parlamentares que participaram do chamado "recall" nas urnas, 76 foram rejeitados pelos eleitores. Levando em consideração o desempenho dos parlamentares na corrida municipal de 2004, o cacife político dos deputados diminuiu.

Há quatro anos, foram eleitos 20 dos 91 congressistas que participaram do pleito, sendo que dois conquistaram capitais. Desta vez, nenhum conseguiu. Em 2004, ganharam um novo aval dos eleitores 18 deputados e dois senadores. Agora, nenhum dos três senadores - Marcelo Crivella (PRB), no Rio, Patrícia Saboya (PDT), em Fortaleza, e Almeida Lima (PMDB), em Aracaju - que brigou por uma prefeitura chegou ao segundo turno.

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