Ah, será mesmo? Não acredito nesta informação de autoria do jornal do Brasil, mas...está ai mais uma para você opiniar
Diz o jornal;Parece incrível, mas pode acreditar: é cada vez mais forte no Palácio do Planalto a hipótese de se convidar o ministro peemedebista da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para candidato a vice na chapa da ministra petista Dilma Rousseff a presidente da República, em 2010.
Dilma, como se sabe, é a candidata predileta do presidente Lula à sua sucessão. E Geddel já foi um opositor radical ao primeiro governo de Lula, assim como inimigo figadal do PT. Chegou até a ser acusado pelos petistas de integrar a chamada máfia dos anões do Orçamento.
Devido a essas acusações, o hoje ministro teve que depor na Comissão Parlamentar de Inquérito do Orçamento, chorou copiosamente e acabou absolvido. Mas suas relações com o PT, daquela época em diante, só foram se deteriorando. O ápice foi quando Geddel integrou a ala do PMDB que rompeu com Itamar Franco e forçou o apoio do partido ao governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Geddel e seu grupo tornaram-se quase tucanos e entraram de cabeça no apoio à candidatura de José Serra a presidente, em 2002. Passou o primeiro mandato de Lula, inteiro, na oposição. Até que, nas eleições de 2006, se compôs na Bahia com o PT para eleger governador o petista Jaques Wagner, contra o grupo do ex-cacique Antonio Carlos Magalhães. Aí, sim, Geddel começou a ter livre acesso ao Palácio do Planalto e se credenciou para comandar o Ministério da Integração, representando o PMDB.
Até aí o controle do partido era dividido entre o grupo de Geddel (ao qual se somam o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, e o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves), o então presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney. Mas Sarney entrou em recesso político para cuidar da saúde de sua filha, Roseana, com um aneurisma cerebral diagnosticado e que deverá ser operada entre janeiro e fevereiro. E Renan... Bem, este foi atingido por um canhão chamado Mônica Veloso, que o levou a renunciar à presidência do Senado. Sem estes dois opositores dentro do partido, o grupo de Geddel assumiu praticamente sozinho o controle da legenda.
É aí que mora a razão de o Palácio do Planalto começar seriamente a dar sinais de achar boa a hipótese de chamar Geddel para ser o vice na chapa de Dilma: Geddel controla o PMDB, e o PMDB é considerado por qualquer candidato, hoje, como decisivo nas composições partidárias visando às eleições presidenciais de 2010.
Os peemedebistas sabem que Geddel não goza de uma grande imagem pública. Mas, para o seu grupo no partido, é mais importante que tudo a demonstração dos eventuais parceiros de que estão dispostos a assumir qualquer ônus para tê-los como aliados. Tanto assim que fizeram José Serra aceitar Henrique Eduardo Alves como seu candidato a vice em 2002, e o deputado acabou tendo que desistir da candidatura por causa de denúncias da imprensa.
No quadro em que está a política no momento, não é só Lula que faria qualquer coisa para ter Geddel apoiando Dilma. Também o tucano José Serra já anunciou publicamente que gostaria muito de ter o PMDB como seu aliado. E outro tucano, Aécio Neves, sonha trazer o PMDB para o seu lado a fim de derrubar a candidatura presidencial de Serra e ele próprio sair candidato. Enfim, o PMDB virou uma noiva disputada à beira do altar por apaixonados políticos dos mais variados matizes.
Astuto, Geddel Vieira Lima sabe como poucos valorizar-se num quadro destes. Sabe que há nomes dentro de seu partido que têm precedência na opinião pública, e que são fundamentais até para que seu grupo continue comandando a legenda. Como o governador do Rio, Sérgio Cabral, por exemplo, político mais ligado a Lula dentro da legenda e com uma boa imagem pública já consolidada. Mas Cabral tem dado sinais de que não morre de amores pela idéia de ser candidato a vice. Toda eleição é um risco, uma aposta. Será que Dilma vence Serra? Vale largar uma reeleição para governador praticamente assegurada para concorrer a vice, ficar a reboque de outra pessoa e ainda correr o risco de sair derrotado das urnas? Talvez por saber das aflições que atingem Cabral, Geddel não deverá fazer qualquer movimento. Vai dar um tempo para ver se, no final, a vice não cai no seu colo.
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