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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Geddel pode acabar vice de Dilma, diz JB


Ah, será mesmo? Não acredito nesta informação de autoria do jornal do Brasil, mas...está ai mais uma para você opiniar

Diz o jornal;Parece incrível, mas pode acreditar: é cada vez mais forte no Palácio do Planalto a hipótese de se convidar o ministro peemedebista da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, para candidato a vice na chapa da ministra petista Dilma Rousseff a presidente da República, em 2010.

Dilma, como se sabe, é a candidata predileta do presidente Lula à sua sucessão. E Geddel já foi um opositor radical ao primeiro governo de Lula, assim como inimigo figadal do PT. Chegou até a ser acusado pelos petistas de integrar a chamada máfia dos anões do Orçamento.

Devido a essas acusações, o hoje ministro teve que depor na Comissão Parlamentar de Inquérito do Orçamento, chorou copiosamente e acabou absolvido. Mas suas relações com o PT, daquela época em diante, só foram se deteriorando. O ápice foi quando Geddel integrou a ala do PMDB que rompeu com Itamar Franco e forçou o apoio do partido ao governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Geddel e seu grupo tornaram-se quase tucanos e entraram de cabeça no apoio à candidatura de José Serra a presidente, em 2002. Passou o primeiro mandato de Lula, inteiro, na oposição. Até que, nas eleições de 2006, se compôs na Bahia com o PT para eleger governador o petista Jaques Wagner, contra o grupo do ex-cacique Antonio Carlos Magalhães. Aí, sim, Geddel começou a ter livre acesso ao Palácio do Planalto e se credenciou para comandar o Ministério da Integração, representando o PMDB.

Até aí o controle do partido era dividido entre o grupo de Geddel (ao qual se somam o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, e o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves), o então presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-presidente José Sarney. Mas Sarney entrou em recesso político para cuidar da saúde de sua filha, Roseana, com um aneurisma cerebral diagnosticado e que deverá ser operada entre janeiro e fevereiro. E Renan... Bem, este foi atingido por um canhão chamado Mônica Veloso, que o levou a renunciar à presidência do Senado. Sem estes dois opositores dentro do partido, o grupo de Geddel assumiu praticamente sozinho o controle da legenda.

É aí que mora a razão de o Palácio do Planalto começar seriamente a dar sinais de achar boa a hipótese de chamar Geddel para ser o vice na chapa de Dilma: Geddel controla o PMDB, e o PMDB é considerado por qualquer candidato, hoje, como decisivo nas composições partidárias visando às eleições presidenciais de 2010.

Os peemedebistas sabem que Geddel não goza de uma grande imagem pública. Mas, para o seu grupo no partido, é mais importante que tudo a demonstração dos eventuais parceiros de que estão dispostos a assumir qualquer ônus para tê-los como aliados. Tanto assim que fizeram José Serra aceitar Henrique Eduardo Alves como seu candidato a vice em 2002, e o deputado acabou tendo que desistir da candidatura por causa de denúncias da imprensa.

No quadro em que está a política no momento, não é só Lula que faria qualquer coisa para ter Geddel apoiando Dilma. Também o tucano José Serra já anunciou publicamente que gostaria muito de ter o PMDB como seu aliado. E outro tucano, Aécio Neves, sonha trazer o PMDB para o seu lado a fim de derrubar a candidatura presidencial de Serra e ele próprio sair candidato. Enfim, o PMDB virou uma noiva disputada à beira do altar por apaixonados políticos dos mais variados matizes.

Astuto, Geddel Vieira Lima sabe como poucos valorizar-se num quadro destes. Sabe que há nomes dentro de seu partido que têm precedência na opinião pública, e que são fundamentais até para que seu grupo continue comandando a legenda. Como o governador do Rio, Sérgio Cabral, por exemplo, político mais ligado a Lula dentro da legenda e com uma boa imagem pública já consolidada. Mas Cabral tem dado sinais de que não morre de amores pela idéia de ser candidato a vice. Toda eleição é um risco, uma aposta. Será que Dilma vence Serra? Vale largar uma reeleição para governador praticamente assegurada para concorrer a vice, ficar a reboque de outra pessoa e ainda correr o risco de sair derrotado das urnas? Talvez por saber das aflições que atingem Cabral, Geddel não deverá fazer qualquer movimento. Vai dar um tempo para ver se, no final, a vice não cai no seu colo.

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