Conversa fiada

Estava eu dando uma olhadinha na Folha para assinante, quando me deparei com a lista dos doze desejos para 2009, do ombudsman tucano, Carlos Eduardo Lins da Silva.Vamos falar sério, a listinha além de meia boca, é também, meia sola, pois deixa de lado a distorção da notícia efetuada pela Folha durante o ano, para tratar apenas de banalidades. Escolhi duas piadas, para gente ler e rir. Quer ver só...

Em 4º lugar na lista está o desejo: “Que o jornal seja muito mais cuidadoso do que tem sido na divulgação de grampos e vazamentos, não reproduza acriticamente o que sua própria equipe não apurou, revele ao leitor o interesse de quem fornece a informação ainda que o mantenha anônimo. E que, quando um caso dá em nada, como parece ter sido o do suposto grampo de Gilmar Mendes pela Abin, noticie o desenlace com ênfase comparável à dada às acusações. Neste caso, a revelação das suspeitas rendeu cinco manchetes de capa e dezenas de páginas; seu epílogo, duas notas curtas em página interna” .

Ou seja, nem a Folha acredita que houve grampo


O 6º desejo na lista do tucano e nas horas vagas ombudsman da Folha é: “Que se exerça mais moderação no tratamento de celebridades, não se exagere no espaço e destaque dado a elas em fotos e textos, como se fez com Michael Phelps e Carla Bruni, entre outros, este ano (na terça passada, saíram cinco fotos dela em quatro páginas de Brasil, por exemplo). E que personalidades em exercício de funções públicas não sejam transformadas em estrelas pop, como o jornal esteve perto de fazer com o presidente do STF, Gilmar Mendes, ao longo de 2008”

Ou seja, até a Folha confessa que Gilmar Mendes é um deslumbrado por holofote e Fanático pelo microfone...

A Folha, ao publicar o mea-culpa, definiu sua própria posição tucana, não admitiu que erra quando se trata do governo Lula e nem se desculpou com o eleitorado do Presidente Lula, por estar em constante campanha para José Serra presidente.O ombudsman não mencionou também um fato importante; Os espaços na página de opinião são sempre generosamente concedidos para os porta-vozes da direita mais reacionária e primária.