O ex-prefeito Celso Pitta decidiu recorrer à Justiça, pedindo indenização pelos danos morais que alega ter sofrido durante a Operação Satiagraha. Ele quer que a União lhe pague 2 mil salários mínimos (R$ 830 mil).
Pitta foi preso no dia 9 de julho, durante a mesma movimentação que também levou para a prisão o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas. Naquele dia, acordou por volta das 5 horas da manhã com agentes da Polícia Federal e repórteres à porta de sua casa.
O ex-prefeito foi filmado ainda sonolento e de pijama - fato que considera ultrajante. "Virei objeto de piadas. Entres outras coisas, cansei de ouvir dizer que meu pijama foi comprado na Rua 25 de Março, isso é inaceitável", disse, referindo-se à mais popular rua de comércio da capital paulista.
Pitta admite que, por ser pessoa pública, está sujeito a críticas. Mas ressalta que o episódio da Satiagraha foi além disso: "Ele envolve invasão de privacidade, ofensas à imagem, danos morais."
Na ação a ser encaminhada nesta semana à Justiça, o ex-prefeito deverá anexar declarações de personalidades do meio jurídico, com críticas à forma como a prisão foi feita. Entre elas encontram-se o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. "Houve uma crítica generalizada à espetacularização da prisão", afirmou Pitta.
Trata-se de uma virada no histórico judicial do ex-prefeito, que até agora quase sempre esteve do outro lado das disputas: como acusado. Entre outras coisas, enfrenta processos por improbidade administrativa e pelo não-pagamento de pensões à ex-mulher, Nicéa Pitta.
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