Os usuários das rodovias paulistas, entregues pelo governo José Serra à exploração de grupos privados em leilão na última quarta-feira (29), pagarão uma conta salgada quando for iniciada a cobrança de pedágio nos cinco lotes privatizados. Ao todo, serão criadas 61 novas praças de pedágio, com elevação de custos que chega a 422% em um dos casos, o trecho leste da Marechal Rondon.
A cobrança começará seis meses após a assinatura dos contratos de concessão, que deverá ocorrer em dezembro. A cobrança será nos dois sentidos, o que não ocorre nas 13 praças existentes hoje, onde o motorista paga pedágio num só sentido da rodovia.
Além do trecho leste da Marechal Rondon, entre Laranjal Paulista e Bauru, em que o gasto passará de R$ 7,20, na ida e na volta, para R$ 37,60, o pedágio aumentará em outros três lotes, segundo cálculos da Agência Reguladora de Transporte do Estado (Artesp), divulgados pelo jornal “Folha de S.Paulo” no domingo passado.
No trecho oeste da mesma Marechal Rondon, o gasto total chegará a R$ 50,40, após o cumprimento do programa inicial de investimentos. Na Raposo Tavares, entre Bauru e Presidente Prudente, o custo da ida e volta passará de R$ 9,20 para R$ 43,80 por eixo. Já na rodovia D. Pedro 1º, entre Campinas e Jacareí, a tarifa total subirá de R$ 17,20 para R$ 30,60. A única exceção é o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, onde o custo da viagem baixará de R$ 27,00 para R$ 13,00.(Jornal Hora do Povo)
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