Os advogados de defesa de Daniel Dantas apresentaram um camalhaço de 289 páginas ao juiz De Sanctis, incluindo pedidos para tomar os depoimentos de Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz.
O objetivo aparente é provocar confusão, retardar a sentença e já preparar o terreno para a apelação diante condenação que parece iminente.
Também requereu que seja anexado aos autos a integra do áudio da reunião fechada da cúpula da Polícia Federal - uma gravação reveladora de 2h58, feita em 14 de julho, quando Protógenes discutiu a operação com seus superiores na PF.
O calhamaço posto à sua mesa levou De Sanctis a adiar sentença que poderia ter sido dada ontem mesmo. Agora, o juiz vai primeiro decidir acerca das pretensões dos advogados do banqueiro. Se atender o que pede a defesa, ele terá que esticar o processo, prorrogando o veredicto. Caso contrário, ele poderá julgar em dez dias.
O procurador da República Rodrigo de Grandis, acusador de Dantas, manifestou-se contrário aos pedidos da defesa. "O Ministério Público Federal continua na sua convicção de que existem provas suficientes para a condenação de todos os acusados", declarou.
Além do banqueiro, são réus o ex-presidente da Brasil Telecom Humberto Braz e o lobista Hugo Chicaroni, supostos emissários do chefe do Opportunity.
Grandis pediu pena alta para os réus - até 12 anos de reclusão -, "correspondente à gravidade do fato".
Fonte: Tribuna da Imprensa
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