O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, ontem, uma resolução determinando que os juízes não citem o nome das operações da Polícia Federal em suas decisões. O receio do CNJ(ligado a Gilmar Mendes) é que os juízes sejam levados a tomar decisões a favor da PF por causa dos nomes das operações e de seu caráter "anti-corrupção". Os conselheiros concluíram que a retirada dos nomes dará mais imparcialidade ao Judiciário na condução de processos que tiveram início por força da atuação PF.
A resolução foi proposta pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Ele atacou a PF dizendo a prática, largamente adotada pela corporação não passa de de golpe de “marketing”. “É preciso encerrar esse capítulo de marketing policial à custa do Judiciário” “Isso pode constranger o juiz, criar uma coerção psicológica”. Muitas vezes, a própria denominação pode ser indutora de parcialidade”, . Segundo ele, o uso de nomes nas operações "pode induzir as pessoas a certas decisões".
Gilmar Mendes atacou particularmente a "Operação Têmis" dizendo que, ao utilizar esse nome, a PF fez uma crítica generalizada à Justiça. "Têmis é a deusa da Justiça e, ao batizar a operação dessa maneira, parece que toda a Justiça estava envolvida em fraude. Isso não é razoável."
A Operação Têmis foi realizada em abril de 2007 para desbaratar uma quadrilha que negociava a venda de sentenças judiciais. Na ocasião, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios de três desembargadores
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