Não são apenas os americanos que verão a crise do subprime mesclada com eleição. Os tucanos planejam reunir seus economistas no Rio ou em São Paulo para bater bumbo dizendo que o governo não tem soluções para a crise e que eles já têm uma idéia do que fazer para evitar que o furacão passe forte por aqui.
Mas não vamos precisar dos tucanos...
O governo está disposto a aumentar o capital social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para elevar a sua capacidade de oferecer crédito. A hipótese foi admitida ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista concedida ao programa 3 a 1, da TV Brasil.
Segundo o Presidente, o governo adotará medidas de apoio ao BNDES, caso a crise das hipotecas americanas provoque a suspensão de crédito a empresas brasileiras. "Obviamente, se rarear o crédito internacional e os empresários brasileiros tiverem dificuldade de tomar dinheiro emprestado, vamos ter que tomar uma decisão de arrumar mais dinheiro para que o BNDES possa emprestar", revelou Lula.
O Presidente deixou claro que, se for preciso, o governo alterará as regras que, hoje, impedem o banco oficial de emprestar grandes somas de recursos a uma única empresa. A preocupação é com a escassez de crédito, possivelmente, a primeira forma de contágio da crise americana para países como o Brasil. Pelas regras de Basiléia e do Conselho Monetário Nacional, o BNDES só pode emprestar a um mesmo grupo econômico até 25% do seu patrimônio líquido de referência. Isso equivale a um teto de R$ 5,5 bilhões. Vários grupos já estão muito próximos desse limite, como são os casos da Petrobras, da Usiminas e da CSN. O governo não tem como alterar as regras de Basiléia, mas, se capitalizar o BNDES, na prática elevará os recursos disponíveis aos grandes tomadores.
"Estamos cuidando de garantir que as coisas aconteçam. Sabemos que empresas grandes como a Petrobras e a Vale precisam de financiamento externo. Na hora em que ele rarear, vamos ter, inclusive, que mudar as normas do BNDES, que não pode emprestar uma determinada quantidade de dinheiro só para uma empresa, para que ele possa aumentar o volume de dinheiro emprestado", informou Lula.
O Presidente lembrou que o governo já emprestou este ano R$ 15 bilhões ao BNDES. Além disso, está fazendo outro aporte de R$ 15 bilhões, usando recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em títulos conhecidos como CVS. Estes papéis são emitidos pelo Tesouro Nacional para quitar dívidas dos subsídios concedidos pelo antigo Sistema Financeiro da Habitação, na medida em que vão vencendo os prazos dos financiamentos do SFH.
"Não vamos tomar nenhuma medida precipitada. Estamos acompanhando isso com lupa, o (Henrique) Meirelles está viajando para Nova York, tenho conversado com o ministro (Guido) Mantega todo dia. Na medida em que for necessário tomar medidas, vamos tomá-las", prometeu o Presidente.
Lula julga que o Brasil está preparado para enfrentar a atual crise. Ele mencionou o fato de o país ter diversificado seus parceiros comerciais, diminuindo a "dependência dos Estados Unidos". O presidente também comemorou o fato de os bancos brasileiros não estarem "metidos com o subprime", ou seja, com o crédito hipotecário de alto risco que desencadeou a crise americana.
"Sem passar nenhum otimismo exagerado, acho que o Brasil está seguro até porque temos um colchão de US$ 205 bilhões em reservas, e não queremos mexer nas nossas reservas por causa disso. O que queremos é continuar a fazer a economia crescer, que o povo continue consumindo e comprando, porque aí vamos dar solidez à nossa economia", disse ele.
Lula ressalvou que, graças ao tamanho da economia americana, uma recessão lá abalará todos os países. O presidente aposta que, apesar da crise externa, a economia brasileira continuará crescendo em ritmo acelerado. Segundo ele, o Banco Central aumentou os juros para conter a demanda, que estava "muito aquecida".
"Começamos a ficar preocupados porque na hora em que aumenta a demanda e não há oferta, você pratica uma coisa que eu não quero que é a inflação", explicou. "A hipótese com que trabalho é o Brasil crescer dez ou 15 anos a taxas entre 4% e 6%, um crescimento extraordinário. De janeiro a agosto, criamos 1,8 milhão de empregos. Serão mais de dois milhões de empregos em um ano. Se vocês pegarem a retrospectiva, vão perceber que há muitas décadas o Brasil não tinha uma situação privilegiada como essa que estamos vivendo agora."
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, também ontem, que o governo vai tomar medidas para oferecer crédito para investimento, agricultura e exportações.
Mas não vamos precisar dos tucanos...
O governo está disposto a aumentar o capital social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para elevar a sua capacidade de oferecer crédito. A hipótese foi admitida ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista concedida ao programa 3 a 1, da TV Brasil.
Segundo o Presidente, o governo adotará medidas de apoio ao BNDES, caso a crise das hipotecas americanas provoque a suspensão de crédito a empresas brasileiras. "Obviamente, se rarear o crédito internacional e os empresários brasileiros tiverem dificuldade de tomar dinheiro emprestado, vamos ter que tomar uma decisão de arrumar mais dinheiro para que o BNDES possa emprestar", revelou Lula.
O Presidente deixou claro que, se for preciso, o governo alterará as regras que, hoje, impedem o banco oficial de emprestar grandes somas de recursos a uma única empresa. A preocupação é com a escassez de crédito, possivelmente, a primeira forma de contágio da crise americana para países como o Brasil. Pelas regras de Basiléia e do Conselho Monetário Nacional, o BNDES só pode emprestar a um mesmo grupo econômico até 25% do seu patrimônio líquido de referência. Isso equivale a um teto de R$ 5,5 bilhões. Vários grupos já estão muito próximos desse limite, como são os casos da Petrobras, da Usiminas e da CSN. O governo não tem como alterar as regras de Basiléia, mas, se capitalizar o BNDES, na prática elevará os recursos disponíveis aos grandes tomadores.
"Estamos cuidando de garantir que as coisas aconteçam. Sabemos que empresas grandes como a Petrobras e a Vale precisam de financiamento externo. Na hora em que ele rarear, vamos ter, inclusive, que mudar as normas do BNDES, que não pode emprestar uma determinada quantidade de dinheiro só para uma empresa, para que ele possa aumentar o volume de dinheiro emprestado", informou Lula.
O Presidente lembrou que o governo já emprestou este ano R$ 15 bilhões ao BNDES. Além disso, está fazendo outro aporte de R$ 15 bilhões, usando recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em títulos conhecidos como CVS. Estes papéis são emitidos pelo Tesouro Nacional para quitar dívidas dos subsídios concedidos pelo antigo Sistema Financeiro da Habitação, na medida em que vão vencendo os prazos dos financiamentos do SFH.
"Não vamos tomar nenhuma medida precipitada. Estamos acompanhando isso com lupa, o (Henrique) Meirelles está viajando para Nova York, tenho conversado com o ministro (Guido) Mantega todo dia. Na medida em que for necessário tomar medidas, vamos tomá-las", prometeu o Presidente.
Lula julga que o Brasil está preparado para enfrentar a atual crise. Ele mencionou o fato de o país ter diversificado seus parceiros comerciais, diminuindo a "dependência dos Estados Unidos". O presidente também comemorou o fato de os bancos brasileiros não estarem "metidos com o subprime", ou seja, com o crédito hipotecário de alto risco que desencadeou a crise americana.
"Sem passar nenhum otimismo exagerado, acho que o Brasil está seguro até porque temos um colchão de US$ 205 bilhões em reservas, e não queremos mexer nas nossas reservas por causa disso. O que queremos é continuar a fazer a economia crescer, que o povo continue consumindo e comprando, porque aí vamos dar solidez à nossa economia", disse ele.
Lula ressalvou que, graças ao tamanho da economia americana, uma recessão lá abalará todos os países. O presidente aposta que, apesar da crise externa, a economia brasileira continuará crescendo em ritmo acelerado. Segundo ele, o Banco Central aumentou os juros para conter a demanda, que estava "muito aquecida".
"Começamos a ficar preocupados porque na hora em que aumenta a demanda e não há oferta, você pratica uma coisa que eu não quero que é a inflação", explicou. "A hipótese com que trabalho é o Brasil crescer dez ou 15 anos a taxas entre 4% e 6%, um crescimento extraordinário. De janeiro a agosto, criamos 1,8 milhão de empregos. Serão mais de dois milhões de empregos em um ano. Se vocês pegarem a retrospectiva, vão perceber que há muitas décadas o Brasil não tinha uma situação privilegiada como essa que estamos vivendo agora."
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, também ontem, que o governo vai tomar medidas para oferecer crédito para investimento, agricultura e exportações.
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