Sobre a notícia de que a PF não consegue abrir arquivos de Dantas, é cedo para tirar conclusões, e o jornalismo preguiçoso deveria buscar mais informações antes de dar "peruadas" (meros palpites).
Uma das "peruadas" é de que eles podem ser de fato invioláveis.
Se os HDs tiverem sido criptografados com tecnologias recentes e avançadas, pode ser praticamente inviável acessá-los.
Em um recente caso, o Governo Americano reconheceu que é incapaz de quebrar algumas criptografias:
E não se trata de nenhuma informação produzida por um serviço secreto chinês ou russo.
É de um simples cidadão canadense com seu notebook, usando o popular PGP.
Foi abordado na fronteira entre Estados Unidos e Canadá, e descobriu-se que o notebook que ele transportava poderia conter material ilegal (fotos envolvendo crianças); o conteúdo, entretanto, estava criptografado, e somente quem conhecesse a chave poderia acessá-lo. O Governo americano quer obrigar o cidadão a revelar a chave criptográfica, pois não tem condições técnicas nem de descobrir a chave nem de quebrar a criptografia; a Justiça, entretanto, afirma que a lei dá ao acusado o direito de ficar em silêncio para não se auto-incriminar, e portanto não pode ser obrigado a revelar a chave.
O fabricante de software e hardware de criptografia "Kremlin Encrypt" informa em seu site que no modo de segurança máxima, exigiria 10.000.000.000.000.000.000 anos para descobrir a senha usando 1 bilhão de computadores com capacidade de buscar 1 trilhão de senhas por segundo.
Empresas como Safenet, antes especializadas em atender o setor bancário, vendem software e hardware para criptografar discos de notebooks.
Hoje, com a proliferação de notebooks, produtos para proteger as informações em caso de roubo, tornam-se populares e de baixo custo, existindo até programas gratuítos.
O uso destes dispositivos é norma em muitos órgãos de governos e empresas. Aqueles notebooks roubados da Petrobrás deveriam estar com os HD's criptografados, se seguissem boas normas de segurança de dados.
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