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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Geração de empregos em 12 meses supera marca de 2 milhões


Nos 12 meses compreendidos entre setembro de 2007 e agosto de 2008 foi quebrado o recorde de geração de empregos com carteira assinada, com 2.065.297 vagas criadas. Segundo o Ministério do Trabalho, dos oito meses contabilizados nas estatísticas, apenas dois deles - abril e maio - não foram recordes para o período. Em agosto, o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi de 239.123 postos de trabalho, quantidade 79,34% maior que a de agosto de 2007. No resultado acumulado em 2008, foram geradas 1.803.729 vagas de janeiro a agosto, o que mostra crescimento de 33,03% sobre o mesmo período do ano passado.

Na avaliação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o Caged vai, neste ano, bater o recorde de mais de 1,8 milhão de vagas, verificado em 2007. Ele prevê que poderão ser criados até 2,1 milhões de empregos em 2008. Além dessa projeção, ele insiste que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vai ficar acima de 6% em 2008. Depois de divulgada a expressiva expansão do PIB no segundo trimestre (6,1%), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também afirmou que a elevação do produto deste ano pode ficar acima dos 5% inicialmente calculados pelo governo.

De acordo com a análise setorial da geração do emprego formal sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os oito meses contabilizados no Caged mostraram, em termos absolutos, o setor de serviços na liderança, com 585.296 novas vagas. A seguir, aparecem indústria (409.972), construção (268.113), agropecuária (266.975), comércio (211.574), administração pública (40.874), extração mineral (11.402) e serviços de utilidade pública (9.523).

O estoque do emprego celetista, em agosto, foi de 30, 76 milhões de postos de trabalho. "Estamos num ciclo virtuoso. Tudo está dando certo", disse Lupi. Na avaliação do ministro, o crescimento do emprego ocorre em todos os setores , o que, na opinião dele, faz do Brasil "uma grande Meca dos negócios".

Segundo o Caged, os dois segmentos mais dinâmicos da prestação de serviços, de janeiro a agosto, foram os ligados ao comércio/administração de imóveis e alojamento/alimentação. Na indústria de transformação, as áreas que mais geraram emprego foram, em ordem decrescente, metalurgia, mecânica, materiais de transporte, calçados e alimentos.

O período janeiro-agosto teve o Sudeste como a região que mais gerou empregos com carteira assinada: 1.151.660 vagas. Em ordem decrescente, vieram o Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A segunda região mais dinâmica foi a Sul, com saldo de 304.827 postos. Depois, vieram Centro-Oeste (168.284), Nordeste (122.134) e Norte (56.824). Neste ano, Alagoas foi o único Estado que teve saldo negativo (36.256) no Caged. Segundo Lupi, isso já era esperado e decorre das características sazonais do cultivo da cana-de-açúcar.

Em meio às previsões otimistas, o ministro do Trabalho admitiu que as exigências de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado e competitivo obrigam os trabalhadores a procurar, permanentemente, qualificação para até mais de uma profissão. Por outro lado, ressaltou que, com o aquecimento da economia brasileira, a falta de mão-de-obra em alguns segmentos vem fazendo com que aposentados voltem à ativa.

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