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sábado, 9 de agosto de 2008

Sem saber, vice do STF critica a própria filha por uso inadequado de algemas


Cezar Peluso não sabia que a filha Glaís Toledo era a juíza do caso que ele censurou de maneira dura. Sem saber, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, criticou em público duramente a própria filha, a juíza Glaís de Toledo Piza Peluso, durante o julgamento ocorrido na quinta-feira, 7, em que o plenário do STF proibiu o uso indiscriminado de algemas.

Na ocasião, o Supremo anulou por unanimidade um júri presidido por Glaís em Laranjal Paulista em 2005 no qual o Antonio Sérgio da Silva foi condenado a 13 anos e meio por homicídio. Segundo os ministros, incluindo Peluso, a juíza errou ao determinar que Silva permanecesse algemado durante o júri. De acordo com eles, a decisão da juíza prejudicou a imagem do réu perante o júri, que é formado por leigos. Ao aparecer algemado, ele pode ter passado a idéia de que era uma "fera".

Durante o julgamento no STF, ninguém se deu conta de que a juíza sobre a qual todos falavam e criticavam era filha de Peluso. Nem o próprio vice-presidente do tribunal. Se tivesse notado, provavelmente ele teria se dado por impedido de participar do julgamento. Mas ele participou e criticou. Disse que o ato contestado pelo pedreiro era ilícito e que teria ocorrido provavelmente por "inexperiência" da juíza. Marco Aurélio de Mello, que ajudou na critica foi favorável à anulação do julgamento.

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