Pages

sábado, 19 de julho de 2008

Para calar a boca do PIC / PIG - Protógenes pela própria PF

Para acabar com os testes de hipóteses do PIC / PIG, sobre a PF, melhor esquecer tudo o que leram no PIC/PIG, e consultar duas entidades de Policiais Federais.

Um editorial da FENAPEF (Federação Nacional dos Policiais Federais), reconhece o feito e critica o delegado em duro editorial chamado "Operação Saco de Gatos", seguem os principais trechos (a íntegra está aqui):

Numa só tacada o delegado Protógenes colocou atrás das grades Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pita. Envolveu com esse grupo o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, pediu a prisão de uma repórter da Folha de São Paulo, cacos de gravações autorizadas foram vazadas para a imprensa, o secretário particular do presidente da república e o ex-presidente FHC foram envolvidos no caso e o STF colocado em cheque. Isso sem falar no papel protagonístico da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que até agora não explicou por que meteu o nariz onde não devia.

É por reconhecer o trabalho silencioso desenvolvido pela maioria, que não comungamos, por princípio, com o vazamento de informações, com a espetacularização das prisões. Não concordamos com as investigações paralelas feitas por uma ABIN que de uma hora para outra quer se transformar em uma espécie de clone da PF.

Não é preciso muita sagacidade para deduzir que o tipo de “conduta holofote” do "doutor Protógenes", adotada na Operação Satiagraha, mais atrapalha do que ajuda na condenação de criminosos. É preciso um processo investigatório centrado, silencioso, fundado em provas materiais. Do contrário teremos operações sem qualquer efeito prático no que tange à condenação de criminosos presos pelos federais.

Outra entidade, a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), fez a seguinte nota à imprensa, em defesa da manutenção do delegado:

A Diretoria Executiva da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), no tocante às notícias veiculadas na imprensa em relação aos desdobramentos da Operação Satiagraha informa que, por meio de sua Comissão de Prerrogativas, dos diretores regionais do Rio Grande do Sul e de São Paulo tem esclarecido aos veículos de imprensa a posição da Entidade na defesa das prerrogativas do delegado de polícia federal.

Diante de informações desencontradas e especulações a respeito do afastamento dos delegados Carlos Eduardo Pellegrini Magro, Karina Murakami Souza e Protógenes Pinheiro de Queiroz do referido inquérito, foram mantidos contados com a Direção-Geral do DPF para esclarecimentos, bem como com o delegado Protógenes.

Foi apurado que, de fato o delegado participará do XXII Curso Superior de Polícia, que tem sua fase presencial iniciando na segunda-feira, dia 21, na Academia Nacional de Polícia (ANP), em Brasília. O curso está agendado desde 2007 e é pré-requisito para a promoção de todo delegado de polícia federal da primeira classe à classe especial.

Em entrevistas á Globonews, UOL Notícias, Folha On-Line, Revista Carta Capital, SBT, TV Brasil, Portal IG, Portal Terra, Band, Rádio CBN, jornal Folha de São Paulo, jornal Estado de São Paulo, TV Record (SP), TV Gazeta (SP), TV RBS , Rádio Eldorado (SP) e Rádio Gaúcha foi reafirmada a defesa da independência da autoridade policial na condução do inquérito.

Também informamos que, em contato com membro da Diretoria Executiva da ADPF, o delegado Protógenes Queiroz informou que antes do início de sua participação no Curso Superior de Polícia, concluirá e entregará o relatório do inquérito principal da Operação Satiagraha.

Também revelou que não se afastará das investigações. Pela necessidade de permanência da ANP durante o curso, não continuará na presidência do inquérito, mas se propôs, após o encerramento do curso, a coordenar a análise documental do material apreendido na primeira fase das investigações.

Bolivar Steinmetz
Vice-presidente no exercício da presidência da ADPF

Conclusão:

Há grupos na PF que condenam relações com a Imprensa, e consideram "traição" com a corporação recorrerem à ABIN em vez de recorrer aos próprios colegas.

E há outros grupos que não consideram nada de errado na atuação de Protógenes, com relação à imprensa e à ABIN, e o consideram vítima, apesar de reconhecer tecnicamente a questão do curso.

Eu não acho errado recorrer à ABIN, dentro da lei, na forma de colaboração, troca de informações legais, pesquisas em Bancos de Dados, e análises de conjunturas, típicas dos serviços de inteligência, conforme disse ter acontecido na nota da ABIN.

Da mesma forma não é errado recorreer à Receita Federal (dentro da lei), ao COAF, ao BACEN, etc.

Foi errado chamar a Globo.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração