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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Parabéns leitor: desentocamos a corrupção tucana para a 1a. página da Folha


Depois de marcarmos sob pressão há mais de 40 dias, o jornal Folha de São Paulo não teve mais como esconder da primeira página a notícia da corrupção tucana da ALSTOM.

Mesmo amaciando bastante para os tucanos, foi obrigada a trazer o assunto para a manchete principal.

Cláudio Mendes, que aparece como intermediário do Governo tucano de SP no pagamento de propina pelo grupo ALSTOM em 1997 (governo Covas), pode ser o sociólogo e empresário Cláudio Luiz Petrechen Mendes.

Ao depor no Ministério Público de SP, ele diz ser outro Cláudio Mendes ou sugere que seu nome apenas foi usado. Mas o problema não é apenas a coincidência de nomes. Ele sempre esteve no lugar onde as propinas estavam, como mostra seu currículo.

Segundo três executivos do setor energético que falaram "em off" para a Folha de São Paulo, foi no governo Quércia (87-91) que Mendes passou a vender facilidades para as empresas que faziam negócios com o governo.

Sua "habilidade" em negociar com estas empresas o manteve em intermediações nos governos de Luiz Antônio Fleury Filho, Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Mendes atuou na Eletropaulo desde o governo Quércia, se relacionando com o chamado grupo de Pedregulho (Alfredo de Almeida Junior, Rodolfo Almeida e Francisco Rios, primo de Quércia).

Almeida Junior foi afastado da Eletropaulo em 1991 acusado de enriquecimento ilícito. Gastou US$ 125 milhões, a verba total para construir o edifício sede da Eletropaulo, mas só o esqueleto do prédio ficou pronto com este dinheiro. É escândalo semelhante ao do prédio do Juiz Nicolau construído pelo ex-senador Luiz Estevão.

Mendes foi sócio de Paulo Bonomo (já morto), ex-presidente da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) entre 1990 e 1992. Bonomo já foi investigado por dispensar licitações em um contrato de R$ 12 milhões.

A empresa privada da dupla, CEMSA, chegou a ter débitos de R$ 97 milhões com o INSS, e fez obras para a SABESP e FURNAS.

Atualmente Mendes é sócio da Ockham, empresa que faz projetos para pequenas hidrelétricas.

A notícia completa da Folha On-line está aqui (para assinantes), mas o conteúdo é o mesmo que publicamos acima resumidamente.

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