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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Escândalo Alstom-PSDB ganha interessado em investigar


Com o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da tapioca, começa a ganhar vulto - e interessados - as denúncias de corrupção envolvendo o PSDB e executivos da multinacional francesa Alstom, investigada na Suíça por corrupção no Brasil. A empresa ganhou licitações em praticamente todo o País, mas, o maior volume em dinheiro veio dos tucanos no estado de S.Paulo.

De acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal, que trouxe o assunto à tona, a Alstom liberou US$ 6,8 milhões, na forma de suborno, para obter um contrato de US$ 45 milhões com o Metrô de São Paulo durante os governos tucanos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

Hoje devem ser votados na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara requerimentos dos deputados Francisco Praciano (PT-AM) e Ivan Valente (PSol-SP) para a realização de uma audiência pública sobre o caso. "A audiência é fundamental para que os devidos esclarecimentos sejam prestados à Câmara e à sociedade. São denúncias seríssimas, de negociações escusas, que além do Metrô em São Paulo envolvem estatais federais como a Eletronorte, Eletrosul e Furnas", afirmou Ivan Valente

Na segunda-feira, em ato de homenagem ao ex-ministro das Comunicações, Sérgio Motta, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) defendeu a criação de uma CPI para apurar o envolvimento de tucanos com o esquema de pagamento de propinas pela multinacional francesa. Porém, desde de que exista "um fato concreto para ser investigado", e que tudo possa ser provado, o que para o ex-governador ainda não existe. "Acredito que até o momento não houve um fato concreto. O que existe é o PT usando políticamente um boato, mas se houver, os órgãos que estão investigando devem colocar a público. Se ficar comprovado (o pagamento de propina) deve haver punição. Mas precisa haver um fato concreto", afirmou Alckmin que disse não se sentir atingido pelas denúncias porque, segundo ele, "só há suspeitas e não irregularidades comprovadas".

Sem poder instalar uma nova CPI, já que a bancada de apoio ao governador José Serra é bem maior na Alesp, a bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo vai utilizar a CPI da Eletropaulo, que investiga o processo de privatização da Eletropaulo, para apurar os contratos dos governos tucanos com a Alstom. Os deputados pretendem contar com informações disponibilizadas pelo Ministério Público da Suíça que também indicam irregularidades em contratos da Alstom com a Eletropaulo.

O deputado petista Antonio Mentor, apresentou requerimento de convocação dos presidentes da Eletropaulo (Eduardo José Bernini) e da Alston (José Luiz Alquéres) na época, além do genro de Fernando Henrique Cardoso David Zylbertajn, então secretário de Energia do governo Mário Covas.

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