Enquanto a CPI dos Cartões caduca, os tucanos tentam abrir uma nova frente de batalha para atacar a ministra da Casa Civil. Querem processá-la com outros 14 assessores palacianos
Sem força na CPI dos Cartões, a oposição decidiu entrar com uma representação no Ministério Público Federal em Brasília para que seja aberto uma ação contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por improbidade administrativa no caso do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O pedido será protocolado na próxima segunda-feira.
O documento, foi finalizado na noite de ontem pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e inclui ainda outros 14 servidores da Presidência da República. Entre eles, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra; sua chefe de gabinete, Maria de La Soledad Castrillo; o secretário de Administração, Norberto Temóteo Queiroz; e José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Presidência da República, todos suspeitos de envolvimento na criação do dossiê.Os demais são subordinados a ele
Se condenados, Dilma e sua equipe podem, entre outras coisas, perder o cargo, ficar inelegíveis, e proibidos de exercer alguma função na esfera pública por até cinco anos.É exatamente essa a pretensão da oposição. Para Carlos Sampaio, a ministra da Casa Civil "omitiu-se" no dever de responsabilizar seus subordinados em relação à criação do dossiê.
Na representação, o deputado cita o item 3 do artigo 9º da lei que trata do desvio à probidade administrativa,afirma Carlos Sampaio no documento que será entregue ao Ministério Público.
Sub-relator da CPI, Sampaio colocará o conteúdo da representação ao MP no seu relatório que será apresentado na semana que vem. Ele diz, que o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), não vai acatar esse trecho em sua conclusão final. Por isso, o deputado tucano optou por recorrer ao MP.
A CPI se reúne na terça-feira para votar uma acareação entre José Aparecido e André Fernandes, que falaram à comissão na semana passada. Ciente de que a base do governo evitará a aprovação desse requerimento, a oposição cogita sugerir um acordo: abrir mão de colocá-los frente a frente em troca de convocar Norberto Temóteo, responsável pela Secretaria de Administração da Casa Civil. Só que os governistas não sinalizam qualquer disposição em ceder.
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