Não confundir com o caso da ALSTOM. É outro.
Trata-se da operação Mexilhão Dourado, que indiciou Deputados Federais no esquema de desvio de R$ 58 milhões em verbas da CESP (Companhia Energética de São Paulo).
Foram citados os Deputados Federais:
Mendes Thame (PSDB)
Vadão Gomes (PP)
Abelardo Camarinha (PSB)
Dr. Talmir (PV)
O inquérito foi encaminhado do MPE-SP para a Procuradoria Geral da República, para investigar a parte que toca os parlamentares federais.
A operação foi deflagrada em dezembro de 2007, conforme informamos aqui, e prendeu 36 pessoas, sendo 3 dirigentes da CESP, entre eles Valdir Izidoro Pascoalin.
Valdir Pascoalin, em 2004, foi candidato a vereador pelo PSDB em Rosana, e não venceu. Em compensação, ganhou como prêmio uma diretoria da CESP (do setor imobiliário).
Foram indiciados 8 de 9 vereadores Rosana (município do interior de SP, onde fica a Hidrelétrica Sérgio Motta - Porto Primavera), sendo que 5 foram presos, incluindo o presidente da Câmara, Valdemir Santana (PPS).
Foi preso também o ex-prefeito Jurandir Pinheiro (DEMos/PFL). Este já estava afastado do cargo em agosto de 2007 por improbidade administrativa em outro escândalo (compra de laticínios pela prefeitura).
O período investigado (desde 2001) abrange a gestão anterior do ex-prefeito TUCANO Álvaro Augusto Rodrigues, também afastado da prefeitura em junho de 2003 a pedido do Ministério Público Estadual, que o processa pedindo sua prisão por mais de 20 anos.
A CESP repassou à administração municipal R$ 94,146 milhões para a realização de obras de benfeitorias. R$ 58,846 milhões foram desviados pela quadrilha, que superfaturava as obras e, algumas vezes, nem sequer tirava os projetos do papel, como é o caso de um hospital e de um núcleo residencial.
O grupo fraudava licitações e usava notas fiscais frias para justificar pagamentos.
O empresário Rogério Phellippe (atualmente preso), prestador de serviços à CESP, confessou que ele e outro empresário (Alvaro Tales Pissarra), financiavam campanhas dos deputados em troca de favores: serem atendidos por diretores de estatais e bancos do estado de São Paulo.
As propinas pagas aos vereadores chegavam a R$ 15 mil mensais.
A atual prefeita, Aparecida Batista Dias de Oliveira (PMN), disse à polícia que recebeu oferta de de R$ 400 mil de luvas, mas R$ 30 mil mensais, para permitir o andamento do esquema.
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