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sábado, 31 de maio de 2008

Clima de “pasta rosa”


O momento atual se assemelha ao clima vivido na política brasileira que ficou conhecido como o “caso da pasta rosa”. Dois casos envolvendo o PSDB ocorridos no passado, mostram semelhaça com o escândalo PSDB/Alstom de hoje. Quer ver as coincidência?


Pasta Rosa

A chamado Pasta Rosa, divulgado em dezembro de 1995, consistia em um conjunto de documentos que mostrava uma contribuição de 2,4 milhões de dólares do Banco Econômico, de Ângelo Calmon de Sá, para a campanha de 25 candidatos nas eleições de 1990. Naquele tempo, empresas eram proibidas de ajudar financeiramente as campanhas. Verbas para candidatura de outros 24 políticos também teriam sido doadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Nenhuma das contribuições foi registrada como verba eleitoral, configurando suposta prática de caixa 2.

Dois meses após a intervenção do Banco Central (BC) no Banco Econômico, ocorrida em agosto de 1995, Flávio Barbosa, o interventor nomeado pelo BC, achou a pasta cor-de-rosa numa saleta ao lado do banheiro do gabinete do banqueiro Calmon de Sá. Ela foi guardada no cofre do então diretor de Normas e Fiscalização do BC, Cláudio Mauch, e posteriormente entregue à Receita Federal.

Acusados – Ao todo, 49 políticos foram acusados.

O principal era Antônio Carlos Magalhães, que na ocasião elegeu-se governador da Bahia pelo PFL e recebeu, sozinho, 1,114 milhão de dólares do Banco Econômico. Faziam parte da lista outros nomes como o do senador José Sarney, deputados federais Renan Calheiros, de Alagoas, Ricardo Fiúza, de Pernambuco e Benito Gama, da Bahia. Os nomes de outros candidatos a governador também figuravam na lista, como Joaquim Francisco, por Pernambuco e José Agripino Maia, pelo Rio Grande do Norte.

Acusação – A documentação indicava a existência de um sistema organizado de financiamento eleitoral ilegal, com base na prática de caixa 2. À época, o Banco Econômico, de propriedade de Ângelo Calmon de Sá, e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fizeram remessas milionárias para as campanhas eleitorais de 49 candidatos no pleito de 1990, desobedecendo a Constituição.

Conclusão da Justiça – Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu o arquivamento do inquérito em fevereiro de 1996. No final da década de 1990, Brindeiro ganharia a alcunha de "engavetador-geral da República", tantas foram as denúncias às quais não deu procedência. Nenhum político foi punido por causa do escândalo. Cinco anos depois da falência do Banco Econômico, em agosto de 1999, Calmon de Sá admitiu ter doado verbas apenas com as campanhas de "quatro ex-funcionários do banco."

Dossiê Cayman

O Dossiê Cayman, veio a público em agosto 1998, consistia em um conjunto de documentos que ligavam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador paulista Mário Covas e os ex-ministros José Serra e Sérgio Motta a uma empresa chamada CH, J & T Inc, que teria conta de 368 milhões de dólares num paraíso fiscal do Caribe.

Acusação – De acordo com a documentação, os principais políticos do PSDB teriam uma conta conjunta nas Bahamas com 368 milhões de dólares de saldo, o que sugeria enriquecimento ilícito durante a administração pública. . Fonte: Essa aqui e essa aqui

1 Comentários:

Sérgio Guerra disse...

Interessante observar a semelhança dos nomes com as listas de delatados da Odebrecht. Quem viver, verá!

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