O Presidente Lula chegou neste sábado a Acra, capital de Gana, onde participará de uma conferência da Organização das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento (Unctad). Lula foi recebido no aeroporto Kotoka pelo presidente da República de Gana, John Kufour, e chegou acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. .
O objetivo da visita oficial será fortalecer a atuação brasileira em conjunto com o País africano no desenvolvimento de bioenergia em Gana. O acordo que será firmado entre as nações prevê a transferência de tecnologia brasileira para produção de etanol e biodiesel.
De acordo com o embaixador de Gana no Brasil, Samuel Kofi Dadey, também serão fechados outros três acordos de cooperação nas áreas de combate e prevenção ao HIV/aids, biotecnologia da mandioca e plantação de florestas.
A energia é tema prioritário na agenda do governo ganense. Grande parte da energia utilizada vem do carvão vegetal e da madeira, o que está acabando com a florestas do País.
Além disso, o petróleo é um dos principais itens da pauta de importações do País africano. Em dezembro de 2006, o presidente de Gana chegou a pedir ao Presidente Lula que o Brasil ajudasse seu País a encontrar uma solução de longo prazo para a crise energética. A partir daí, segundo o embaixador africano, empresas brasileiras vêm analisando possibilidades de investimentos em Gana.
“Sem dúvida, eles precisam da nossa ajuda para resolver esse gargalo energético que tanto os penaliza, faltam ‘megawatts’ neste País para que ele possa crescer mais e o Brasil tem proposto algumas soluções”, contou o embaixador do Brasil em Gana, Luis Fernando Serra. Entre os projetos em análise, segundo ele, estão a construção de hidrelétricas, de usinas de etanol e de depósitos de combustíveis.
A brasileira Constran, por exemplo, estuda a viabilidade de duas pequenas usinas hidrelétricas, de 90 ‘megawatts’ cada. A mesma empresa participaria da construção da usina de etanol de tanques de combustível.
Também há perspectiva de construção de uma termelétrica com capacidade de 300 ‘megawatts’ por um consórcio das empresas brasileiras Cobrapar e Thermes. A finlandesa ‘Wärtsilä’, líder mundial na fabricação de equipamentos para geração de energia termelétrica, forneceria os equipamentos. A Finlândia também financiaria parte dos equipamentos. “O consórcio está aqui, começou as conversações com o lado ganense e vamos ver se se materializam”, afirmou o embaixador.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração