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terça-feira, 1 de abril de 2008

A guerra suja contra Nassif. turma do michê contra a coragem de um jornalista sério


O jornalista Luís Nassif admitiu hoje que pela primeira vez a guerra de baixaria montada contra ele por VEJA produziu baixas. A mulher de Nassif ao ler o blog de VEJA constatou que lá estavam comentários ofensivos ao marido. E comentários que envolviam a ela e a família.Em nenhum momento das denúncias feitas por Nassif contra VEJA a revista teve como desmentir os fatos apontados pelo jornalista. Desde o primeiro minuto a revista e a editora que edita VEJA se limitaram a tentar intimidar, ameaçar e desqualificar.

É a tática dessa gente. A forma que usam. Não compreendem e nem entendem um meio diferente do que vivem e nesse meio sujo e sórdido que vivem. A tal hipocrisia e o falso moralismo que cercam os bandidos. Mesmo os engravatados ou não, carregadores de pastas ou não, grafados com “c” ou com dois “s”.

Nassif não se presta a esse tipo de jogo. Já o tamanho de VEJA é esse:

“Hoje de manhã minha mulher desabou, com labirintite e fortes crises de choro. À noite ela tinha ido conferir o Blog de Veja. Lá, ataques de toda espécie, agora enveredando pelo lado familiar, com posts e comentários com insinuações de “corno”. A malta desvairada de comentaristas anônimos espalhando esgoto por todos os poros.Ela me pergunta, chorando: como é possível alguém poder fazer tal coisa, por tanto tempo, envolvendo até a nossa família?”

E a resposta do jornalista, o tamanho da dignidade:

“Não sei. Sei o que não irei fazer.

Quando comecei a escrever esta série, antes disso, quando comecei a ser alvo das baixarias da Veja, recebi inúmeras informações sobre atividades profissionais da esposa de um diretor da revista, inúmeros episódios catárticos envolvendo o blogueiro da revista, tanto no seu tempo de Diário do Grande ABC quanto na revista República. Recebi e-mails de parentes próximos dos agressores. Circulo em um meio em que é fácil obter informações. Algumas delas são sobre amantes, preferências sexuais, ataques de histeria.

Dispondo de tais informações, mais as demonstrações explícitas de desequilíbrio no Blog, seria facílimo traçar um perfil psicológico do personagem.

Teria o direito de fazer isso, agora que estou sendo alvo de tamanha baixaria? É evidente que não. Por que os atingidos seriam esposas e filhos que nada têm a ver com o desequilíbrio e a falta de escrúpulos dos pais.

Aliás, quando vejo minhas filhas perguntando porque a mãe chora, penso nas filhas desses agressores. E me dá uma profunda pena. O grande teste, a ser superado, é não ceder à tentação de enveredar pela trilha da crueldade

Tive uma curta conversa com minha mulher, porque precisei sair correndo de casa para o trabalho. Tentei transmitir-lhe confiança. Vamos montar uma blindagem para que essas baixarias não cheguem às nossas crianças.

A luta continua. E sem sair da linha”.

As lições que Luís Nassif proporciona com essa luta desigual (a correlação de forças) transcende aos limites do embate em si e se transforma em lições de jornalismo ético, decente e corajoso num momento em que a mídia, a grande mídia, se torna mero apêndice de interesses de grupos políticos e econômicos e reproduz a verdade que pretende real de um mundo irreal montado no espetáculo, na sordidez das ordens instituídas na corrupção e na hipocrisia.

Toda a série de artigos escritos por Nassif deveria ser mostrada em todas as faculdades de comunicação do País como lição de coragem, de independência e de caráter. Desmonta uma das maiores máfias do jornalismo brasileiro. Põe por terra a sujeira que VEJA extrai de pastas e escaninhos de faturamentos e ganhos imorais lesando brasileiros e o Brasil.

Há dias um cidadão na Inglaterra (ou Austrália) foi condenado por ter montado fotos com o rosto de sua ex-mulher em corpo de atrizes pornôs e em cenas desqualificantes. Esse tipo de prática é comum. A aparência e a vida exterior ou pública do ex-marido eram exemplares aos olhos de sua comunidade. Vendia o cinismo, cinismo era o produto da vitrine principal da sua loja de vida.

Nassif mostrou estar preparado para todo esse tipo de expediente comuns a bandidos, canalhas, gente sem escrúpulo algum. E principalmente mostrou que se há quem faça e há quem deixe, ele não deixa.

A decisão de “não sair da linha” é a resposta corajosa e decidida de um homem de bem, um profissional exemplar. Tem mais que o respeito das pessoas que não deixam que se faça. Tem a admiração. E mais que isso, a solidariedade e a disposição de luta contra esse tipo de mundo imundo.

A despeito de ser um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro é um exemplo de ser humano digno e corajoso. É desses exemplos que todos precisamos. E exatamente por ser um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro se torna maior ainda. Não cedeu e nem se deixou comprar.

Isso faz uma diferença que ninguém na VEJA é capaz de imaginar. Perderam faz tempo o contato com dignidade. Se deitam e se deixam estuprar de forma risonha e feliz, pois sabem que depois tem um cheque. Um michê.

A guerra suja é isso. Imaginam que são todos como eles. Que vivem em sedes suntuosas superfaturadas e vendem bens alheios a risonhos familiares embolsando o por fora.

Laerte Braga

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