O prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PTB), preso no início do mês pela Operação Pasárgada, da Polícia Federal, reassumiu o cargo ontem de manhã. Aliados e funcionários que ocupam cargos de confiança foram convocados para recepcioná-lo. Bejani chegou à prefeitura por volta das 11h30m, acompanhado da mulher. Sem dar declarações, subiu para o gabinete, onde se reuniu com assessores. O prefeito foi recebido com fogos de artifício e aplausos, mas houve também manifestações de protesto.
A assessoria de Bejani havia programado uma entrevista coletiva, o que acabou não acontecendo. O objetivo seria explicar a origem do dinheiro - mais de R$1 milhão em espécie - e as armas encontradas na casa dele, além das denúncias de desvio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O prefeito foi solto terça-feira, depois de passar 14 dias na prisão. Ele foi o único dos 17 prefeitos detidos mantido por mais tempo na prisão. Na casa de Bejani, a Polícia Federal encontrou várias armas, incluindo uma de uso exclusivo das Forças Armadas. Foi por este motivo que ele ficou mais tempo na cadeia.
CPI vai investigar origem de dinheiro apreendido
Bejani ficou preso na Penitenciária Nélson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, de onde chegou a despachar o próprio pedido de férias da prefeitura, para evitar a perda do cargo.
Uma CPI criada na Câmara Municipal de Juiz de Fora pretende investigar a origem do dinheiro encontrado pela Polícia Federal, além de apurar a acusação que pesa contra Bejani, de liberar irregularmente recursos retidos do Fundo de Participação dos Municípios, devido a dívidas da prefeitura com o INSS. Os vereadores estão coletando documentos, entre os quais a declaração de bens do prefeito e de seus parentes, para iniciar de depoimentos na comissão.
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