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domingo, 2 de março de 2008

Porque os mais pobres sempre têm que esperar?

Casa de uma família a ser beneficiada com o programa Territórios da Cidadania

Abaixo, o Condomínio de luxo Golden Green no Rio de Janeiro, de frente para o mar, onde Marco Aurélio de Mello mora quando não está em Brasília.
O Condomínio é fechado, cercado, com segurança máxima 24 horas, tem Campo de Golfe, Heliporto (pouso de helicópteros), ruas internas, praças e jardim projetado pelo paisagista Burle Marx e lago com cisnes, "SPA", quadras de tênis e poliesportivas, diversas piscinas.

É residência para milionários e tem milionários como vizinhos: Ronaldinho, Romário, Ivete Sangalo. Já foi vizinho também Salvatore Cacciola.

Eu tenho uma proposta para fazer ao Ministro Marco Aurélio de Mello, à Rodrigo, Cesar, Agripino, e Felipe Maia, Arthur Vírgilio e FHC.

Existe aquele programa de TV onde uma dona de casa troca de casa com outra família bem diferente por 1 semana (levando só roupa e objetos de higiene pessoal).

Pois eles deveriam trocar de casa um único dia com estas famílias mais pobres do Brasil a serem beneficiadas com os Territórios da Cidadania.

Tenho certeza, que se Marco Aurélio de Mello passasse 24 horas numa destas casas, nunca mais consideraria qualquer programa social sério, visando a cidadania, como "eleitoreiro".

A coisa mais absurda que estamos assistindo é a "jurisprudência" de que em ano eleitoral não se pode iniciar novos programas sociais sérios.

Isso é considerar o cidadão mais pobre como sendo de segunda classe. É considerar o cidadão mais pobre um cidadão incapaz de votar conscientemente. A democracia pressupõe que todos são iguais, e cada ser humano adulto vale 1 voto.

Vender voto é diferente. É o toma lá dá cá. É dar dinheiro, botina, remédio, camiseta, em troca de voto.

Quando o governo cumpre as diretrizes apresentadas na campanha eleitoral que o elegeu, jamais é compra de voto.

Lula foi eleito justamente para isso: Fortalecer a economia familiar, gerar emprego e renda para excluídos, levar luz, água, escola, médico de família, etc, foram temas da eleição passada. O governo tem que fazer o que disse na campanha e está fazendo. A expectativa de quem votou nele era essa.

Um programa oficial de governo, de cidadania para levar direitos fundamentais, como água, luz, saúde, irrigação, educação para as crianças, trabalho e renda é obrigação de qualquer governo.

Lamentável que governos passados não fizeram antes.

Faria sentido entrar na justiça quando o governo NÃO FAZ o que propôs na campanha!

Se contarem em Portugal que políticos brasileiros estão entrando na justiça contra o governo porque o governo está cumprindo o que prometeu em campanha, acharão é piada "de português". Vão rir mais ainda se souberem que o judiciário concorda.

Se a oposição quer entrar na justiça acusando programas sociais de meramente "eleitoreiros", a justiça só poderia aceitar, se a oposição provasse com fatos.

Se aceitarmos a tese de que governar bem, e cumprir as diretrizes de campanha, é "eleitoreiro", isto matará a democracia, porque as eleições perderão utilidade para o povo.

Pelo contrário, eleições serão vistas como um "estorvo", como o ano em que o país pára.

Será que não enxergam o sentido de urgência em colocar luz numa casa que não tem luz? Em levar água potável em casas que não tem água? Em transformar o trabalho árduo em renda digna, do sertanejo, que labuta até contra a seca? Do agricultor familiar que mal produz para comer?

Não dá pra dizer para essas pessoas mais pobres: "esperem para começar no ano que vem, porque esse ano não pode: tem eleições".

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