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quinta-feira, 13 de março de 2008

Oposição ameaça endurecer vida do governo. E quando eles facilitaram?


Ainda atordoada com a derrota sofrida na votação da criação da TV pública, a oposição desistiu de obstruir a votação do Orçamento da União e resolveu investir com todas as suas forças para impedir a aprovação de medidas provisórias (MPs).

A aprovação, na madrugada de ontem, da Medida Provisória 398/07, que criou a TV pública, acirrou a ofensiva da oposição contra projetos de interesse do povo no Congresso. Agora, os oposicionistas prometem impedir, a partir de hoje, a votação de qualquer medida provisória que chegue na Câmara e no Senado, além de dificultar a atuação dos governistas nas comissões temáticas.

A idéia é bloquear o andamento das MP até que a comissão especial da Câmara, criada para analisar a proposta de emenda à Constituição que muda o trâmite das medidas, apresente novas regras para a edição deste instrumento. Os oposicionistas querem ainda atrapalhar o andamento da comissões, pedindo vistas dos projetos e adiando votações. Outra imposição é que a oposição fique livre para falar horas e horas, durante as discussões em plenário, sem limitação de números de oradores. "O Congresso precisa de autonomia. Não podemos mais ficar reféns da vontade do Executivo. Enquanto não houver mudanças no trâmite das MP, vamos radicalizar", avisa o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio.

Ontem, os oposicionistas ensaiaram usar a votação do Orçamento como troco pela sessão que garantiu a criação da TV pública. Com o diálogo rompido com o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), em interlocução com a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA), costurou um acordo mantendo a votação. Preocupados com o engessamento dos convênios dos ministérios com estados e municípios, que em ano eleitoral ficam impedidos de ser celebrados a partir de julho, os governadores, especialmente os tucanos, também pressionaram a oposição a analisar a proposta.

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