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terça-feira, 11 de março de 2008

O circo já chegou


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões da tapioca começa hoje desacreditada e, por enquanto, sem qualquer expectativa de investigação bem sucedida. Apesar desse cenário, assessores técnicos do DEM prepararam uma lista de requerimentos para serem votados e avisam que querem dar dor de cabeça ao governo. Aparecem nessa relação, por exemplo, as convocações de Lurian, filha do Presidente Lula, e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Funcionários do partido DEM dizem que fizeram um levantamento de tudo o que foi divulgado pela imprensa sobre o cartão da tapioca. Em cima disso, selecionaram requerimentos para a comissão de inquérito colocá-los em votação. Além de Lurian e de Dilma, aparecem outros nomes ligados ao governo, a maioria de ministros.


O DEM sabe que setores do PSDB quer evitar qualquer investigação que atinja contas pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em crise de relacionamento com os tucanos, os democratas pressionam os integrantes do PSDB na CPI.Mas, sabem os tucanos que se pedirem para abrir as contas do Presidente, as contas do Fernando Henrique também serão abertas, e isso não interessa aos tucanos.

Tropa de choque é a tropa de elite

Os governistas são maioria folgada na CPI, cabe a eles bloquer qualquer tentativa de convocação da filha do Presidente Lula. Por isso, o DEM não deve apresentar imediatamente esse tipo de requerimento. Guardará como carta na manga para colocá-lo em votação caso o governo perca força dentro da CPI, pelo menos é nisso que aposta dos demos.

Na reunião, marcada para as 11h, os deputados e senadores pretendem confirmar a indicação de Marisa Serrano para presidir a comissão, e a escolha do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) para relatá-la. Um outro encontro deve ser marcado ainda nesta semana para votar o roteiro de investigação preparado por Sérgio. E, somente depois disso, a CPI começará a votar requerimentos de pedidos de informações e convocação de depoentes.

Marisa Serrano e Luiz Sérgio decidiram ouvir, inicialmente, os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, além de integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU).

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