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quarta-feira, 5 de março de 2008

José Serra vai vender empresa que está crescendo e dando lucro

A CESP produziu 60% da energia de São Paulo no ano passado e 10% do Brasil
Desvalorização do dólar reduziu endividamento em moeda estrangeira de 55% para 36% e melhorou resultado, segundo relatório.Às vésperas de ir à leilão para ser privatizada, a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) divulgou o resultado do ano passado revertendo o prejuízo líquido de 2006 em lucro líquido de R$ 178,59 milhões. Em 2006, a empresa havia tido prejuízo R$ 118,37.Em resultado divulgado ontem, após o fechamento da Bovespa, a companhia destacou o impacto do dólar na redução do endividamento em moeda estrangeira e, conseqüentemente, na melhora do resultado. Segundo a Cesp, o endividamento em moeda estrangeira caiu de 55% em dezembro de 2006 para 36% no mesmo mês de 2007.O resultado comercial da empresa cresceu 9,5% no ano passado em relação a 2006, totalizando R$ 2,626 bilhões. Do total da receita de 2007, 66% vieram de suprimento de energia elétrica às distribuidoras e 29% de consumidores livres

A Cesp, que produziu 60% da energia elétrica de São Paulo no ano passado e 10% do Brasil, será vendida por José Serra no dia 26 de março. O preço mínimo estabelecido em R$ 6,6 bilhões. Com as ofertas para sócios minoritários, o negócio deve rondar os R$ 15 bilhões, o que reduz a probabilidade de um só interessado levar a empresa.

Segundo a companhia energética, a geração de energia 20% acima do que havia sido assegurado e o aumento do consumo ajudaram nos resultados. Houve produção de 4.703 MW médios de energia em 2007, tornando-a quarta geradora do país em potência instalada e terceira em produção de energia elétrica.

O resultado operacional passou de R$ 114,17 milhões em prejuízo, em 2006, para lucro de R$ 706,64. O resultado operacional bruto subiu 36,6%, para R$ 1,38 bilhão, e a receita operacional líquida 7,8% em relação a 2006, finalizando o ano em R$ 2,18 bilhões.

Privatização

Segundo o edital de privatização da Cesp, os consórcios interessados deverão se pré-identificar até a próxima segunda-feira. Um dia antes do leilão (25), eles terão ainda de depositar garantias no valor de R$ 1,74 bilhão.


Entre os favoritos estão a franco-belga Suez/ Tractebel, dona da antiga Gerasul, a maior geradora privada no país. A Suez deve entrar na disputa com a Neoenergia, que tem entre os sócios a espanhola Iberdrola. A empresa vai divulgar seu resultado na sexta.

A distribuidora paulista CPFL, que tem capital de Votorantim, Camargo Corrêa, Bradesco e Previ, também deve formar um consórcio. A empresa anunciou aumento de 17% no lucro do ano passo, fechando com resultado de R$ 1,643 bilhão. Outro grupo juntaria a ítalo-espanhola Enel/Endesa com possível adesão da portuguesa EDP, dona das distribuidoras Bandeirante (SP), Enersul (MS) e Escelsa (ES).

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