As companhias elétricas do país tiveram em 2007 seu melhor ano desde o apagão de 2001. A forte demanda, principalmente dos consumidores residenciais e comerciais, e a alta nos preços da energia foram os principais fatores que permitiram o aumento de 35,4% no lucro de 17 empresas que já publicaram balanços, conforme levantamento do Valor Data. O resultado da última linha dos balanços passou de R$ 8,77 bilhões em 2006 para R$ 11,88 bilhões no ano passado. A receita líquida subiu de R$ 57,4 bilhões para R$ 64 bilhões.
Em 2007, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, o consumo de energia no país cresceu 5,4%, mesmo índice de expansão do PIB. Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, afirmou que foi o melhor desempenho da empresa que comanda desde sua privatização, em 1997. "O nosso resultado foi impactado por dois fatores: aumento de 12,4% no volume de venda de energia das nossas distribuidoras e o aumento do nosso parque de geração". Também tiveram destaque os resultados de Light, que reverteu prejuízo, da AES Eletropaulo (alta de 90%) e de Neoenergia. Elétricas têm melhor desempenho financeiro desde o racionamento .O setor elétrico brasileiro não terá motivos para esquecer 2007 tão cedo. Com a economia aquecida no país, que se traduziu em um aumento de 5,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o consumo nacional de energia também pisou no acelerador. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, o consumo cresceu os mesmos 5,4% do PIB, comparado a 2006, desempenho que colocou o ano passado como o melhor desde o racionamento de 2001.
O resultado desse salto na demanda pode ser visto facilmente nos balanços de geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia que atuam no país. De acordo com levantamento feito pelo Valor Data, compilando os resultados das principais empresas do setor em 2007 e comparando-os com 2006, a receita líquida de 17 companhias (excluindo Eletrobrás) cresceu 11,4% e atingiu R$ 63,98 bilhões.
O desempenho operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Lajida) alcançou R$ 24,6 bilhões, 17% maior que o indicador de 2006. O lucro líquido, que somou R$ 11,9 bilhões, apresentou expressiva alta de 35,4%.
Dois indicadores, apontam as empresas, contribuíram para o resultado: o aumento da demanda residencial e comercial e aumento de preços da energia vendida.
O levantamento considerou, além dos números de 15 grupos das áreas de geração e distribuição, o desempenho das transmissoras Terna e CTEEP. No primeiro grupo destacam-se a Tractebel - maior geradora privada do país - e a CPFL Energia, maior grupo elétrico do país de capital privado, que controla oito distribuidoras.
O ano foi tão bom que Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, afirmou categoricamente que foi o melhor desempenho da holding desde sua privatização pelo governo paulista em 1997. "O nosso resultado foi impactado por dois fatores. O primeiro foi um crescimento de 12,4% no volume de venda de energia das nossas distribuidoras e o segundo refletiu o aumento do nosso parque gerador", afirmou o executivo. De fato, a CPFL incrementou sua capacidade geradora de um ano para o outro. Em 2006, por exemplo, tinha um parque gerador de 1,072 mil megawatts (MW), que pulou para 1,5 mil MW em 2007. E, segundo o executivo, a previsão é que a empresa alcance perto de 1,73 mil MW neste ano e 2,2 mil em 2010.
Mas a comemoração não se restringe à CPFL. A maior distribuidora da América Latina, a AES Eletropaulo, também apresentou resultados nada desprezíveis. Tanto que os seus papéis preferenciais de classe B foram os mais valorizados no pregão de quinta-feira da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), registrando uma alta de 7,04%.
Britaldo Pedrosa Soares, o diretor-presidente da holding Brasiliana que controla tanto a Eletropaulo como a geradora AES Tietê e outros ativos, disse que o crescimento de 4,6% no volume vendido, aliado a redução nas perdas comerciais, foi determinantes para o bom desempenho. A Eletropaulo vendeu 39,9 mil gigawatts hora (GWh) em 2007 e suas perdas comerciais caíram ao patamar de 5%. No ano anterior, eram de 7%. A Brasiliana é controlada pela americana AES (50,01%) e o BNDES (49,99%). O banco planeja vender suas ações em leilão previsto para este ano.
O balanço só não foi melhor, porque a Eletropaulo precisou lançar duas provisões que atingiram em cheio o índice operacional. O executivo explicou que a empresa lançou R$ 31 milhões decorrentes de programa de demissão voluntária. A expectativa é que 380 funcionários vão aderir ao plano, reduzindo o quadro de empregados para 4,2 mil pessoas. "Nossa expectativa é que esse processo propicie uma contribuição de R$ 68 milhões neste ano e de R$ 97 milhões no ano que vem", contou Pedrosa.
Além dessa provisão, a empresa também contabilizou R$ 166 milhões referentes à questões trabalhistas. Hoje, a Eletropaulo é alvo de 7 mil ações trabalhistas. Sem essas duas provisões, o lucro poderia ter alcançado os R$ 900 milhões.
No levantamento do Valor chama a atenção a reversão do desempenho negativo da Light no ano anterior. Ma segundo a empresa, dos R$ 1,07 bilhão do ganho de 2007, R$ 851,2 milhões compõem o reconhecimento dos créditos fiscais diferidos acumulados após prejuízos contábeis e fiscais. "A Light acumulou três anos de lucros tributáveis, voltando a reconhecer créditos fiscais diferidos sobre provisões", diz o comunicado.
Em 2007, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, o consumo de energia no país cresceu 5,4%, mesmo índice de expansão do PIB. Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, afirmou que foi o melhor desempenho da empresa que comanda desde sua privatização, em 1997. "O nosso resultado foi impactado por dois fatores: aumento de 12,4% no volume de venda de energia das nossas distribuidoras e o aumento do nosso parque de geração". Também tiveram destaque os resultados de Light, que reverteu prejuízo, da AES Eletropaulo (alta de 90%) e de Neoenergia. Elétricas têm melhor desempenho financeiro desde o racionamento .O setor elétrico brasileiro não terá motivos para esquecer 2007 tão cedo. Com a economia aquecida no país, que se traduziu em um aumento de 5,4% no Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o consumo nacional de energia também pisou no acelerador. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, o consumo cresceu os mesmos 5,4% do PIB, comparado a 2006, desempenho que colocou o ano passado como o melhor desde o racionamento de 2001.
O resultado desse salto na demanda pode ser visto facilmente nos balanços de geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia que atuam no país. De acordo com levantamento feito pelo Valor Data, compilando os resultados das principais empresas do setor em 2007 e comparando-os com 2006, a receita líquida de 17 companhias (excluindo Eletrobrás) cresceu 11,4% e atingiu R$ 63,98 bilhões.
O desempenho operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Lajida) alcançou R$ 24,6 bilhões, 17% maior que o indicador de 2006. O lucro líquido, que somou R$ 11,9 bilhões, apresentou expressiva alta de 35,4%.
Dois indicadores, apontam as empresas, contribuíram para o resultado: o aumento da demanda residencial e comercial e aumento de preços da energia vendida.
O levantamento considerou, além dos números de 15 grupos das áreas de geração e distribuição, o desempenho das transmissoras Terna e CTEEP. No primeiro grupo destacam-se a Tractebel - maior geradora privada do país - e a CPFL Energia, maior grupo elétrico do país de capital privado, que controla oito distribuidoras.
O ano foi tão bom que Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, afirmou categoricamente que foi o melhor desempenho da holding desde sua privatização pelo governo paulista em 1997. "O nosso resultado foi impactado por dois fatores. O primeiro foi um crescimento de 12,4% no volume de venda de energia das nossas distribuidoras e o segundo refletiu o aumento do nosso parque gerador", afirmou o executivo. De fato, a CPFL incrementou sua capacidade geradora de um ano para o outro. Em 2006, por exemplo, tinha um parque gerador de 1,072 mil megawatts (MW), que pulou para 1,5 mil MW em 2007. E, segundo o executivo, a previsão é que a empresa alcance perto de 1,73 mil MW neste ano e 2,2 mil em 2010.
Mas a comemoração não se restringe à CPFL. A maior distribuidora da América Latina, a AES Eletropaulo, também apresentou resultados nada desprezíveis. Tanto que os seus papéis preferenciais de classe B foram os mais valorizados no pregão de quinta-feira da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), registrando uma alta de 7,04%.
Britaldo Pedrosa Soares, o diretor-presidente da holding Brasiliana que controla tanto a Eletropaulo como a geradora AES Tietê e outros ativos, disse que o crescimento de 4,6% no volume vendido, aliado a redução nas perdas comerciais, foi determinantes para o bom desempenho. A Eletropaulo vendeu 39,9 mil gigawatts hora (GWh) em 2007 e suas perdas comerciais caíram ao patamar de 5%. No ano anterior, eram de 7%. A Brasiliana é controlada pela americana AES (50,01%) e o BNDES (49,99%). O banco planeja vender suas ações em leilão previsto para este ano.
O balanço só não foi melhor, porque a Eletropaulo precisou lançar duas provisões que atingiram em cheio o índice operacional. O executivo explicou que a empresa lançou R$ 31 milhões decorrentes de programa de demissão voluntária. A expectativa é que 380 funcionários vão aderir ao plano, reduzindo o quadro de empregados para 4,2 mil pessoas. "Nossa expectativa é que esse processo propicie uma contribuição de R$ 68 milhões neste ano e de R$ 97 milhões no ano que vem", contou Pedrosa.
Além dessa provisão, a empresa também contabilizou R$ 166 milhões referentes à questões trabalhistas. Hoje, a Eletropaulo é alvo de 7 mil ações trabalhistas. Sem essas duas provisões, o lucro poderia ter alcançado os R$ 900 milhões.
No levantamento do Valor chama a atenção a reversão do desempenho negativo da Light no ano anterior. Ma segundo a empresa, dos R$ 1,07 bilhão do ganho de 2007, R$ 851,2 milhões compõem o reconhecimento dos créditos fiscais diferidos acumulados após prejuízos contábeis e fiscais. "A Light acumulou três anos de lucros tributáveis, voltando a reconhecer créditos fiscais diferidos sobre provisões", diz o comunicado.
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