A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional da tapioca foi finalmente instalada ontem, sinalizando que pode se transformar em palanque eleitoral para a oposição. Entre os requerimentos apresentados, estão vários do DEM e do PSDB convocando para depor a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,Lurian, a filha do Presidente Lula, e um - do deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL) - convocando o governador de São Paulo, José Serra.
A oposição também pede acesso a informações sigilosas de gastos da Presidência da República e propõe que a comissão chame para depor o até o segurança de Lurian Cordeiro, filha do Presidente Lula. Também é proposta a convocação de servidores próximos ao presidente, como o ecônomo Clever Pereira Fialho, e do assessor do gabinete pessoal da Presidência José Henrique Oliveira. A CPI foi criada a pedido da imprensa, depois que o ministro Orlando Silva comprou uma tapioca por R$ 8,30? com cartão corporativo a CPI é presidida pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), acusada em 2002, pelo Ministério Público Federal por crime contra a administração pública, peculato e de desvio de verbas do Ministério da Educação, no Mato Grosso do Sul ..
Ontem Quintella sugeriu que Serra seja convidado a prestar depoimento à CPI para dar explicações sobre o uso do cartões de crédito corporativo em São Paulo. "No Estado de São Paulo, tanto o volume dos gastos quanto o número de cartões corporativos em poder dos funcionários estaduais ultrapassam o do governo federal. Dessa forma, é importante a presença do governador de São Paulo para prestar informações sobre a utilização dos cartões em seu Estado, para que se possa comparar os gastos em São Paulo e no governo federal", disse.
Da parte da oposição, além do requerimento de convocação de Dilma Rousseff, há pedidos de convocação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. "A primeira convocação que querem fazer é da ministra Dilma, que não tem qualquer relação com as denúncias. Isso é um absurdo. É obsessão da oposição. Ela quer palanque para a luta política pura", disse o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS).
Os governistas sugerem convidar ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso, como Pedro Parente (Casa Civil) e Martus Tavares e Paulo Paiva (Orçamento e Gestão), responsáveis por decretos regulamentando os cartões.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) pedem que a CPI tenha acesso a informações sobre gastos da Presidência da República e dos ministérios com cartões, protegidos ou não pelo sigilo.
O relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), quer começar os trabalhos ouvindo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o ex-ministro do Planejamento Paulo Paiva (período de 30 de março de 1998 a 30 de março de 99, no governo Fernando Henrique), e o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage. A CPI tem 90 dias de prazo para funcionar, que termina em 8 de junho.
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