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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

GE Hydro aplica US$ 140 milhões no país para dobrar operação mundial


Transformar o Brasil em matriz, é isso que vai fazer a americana General Electric (GE). Seduzida pelo potencial do mercado de geração hídrica no país, a companhia resolveu tirar do Canadá o comando das operações globais da GE Hydro e transferi-lo para Campinas (SP).

A partir da cidade do interior paulista, que agora abriga a administração, o financeiro, a engenharia, entre outros departamentos, a GE pretende ampliar as vendas globais da sua divisão Hydro, que no ano passado somaram US$ 300 milhões. Desse total, o Brasil detém uma fatia nada desprezível, a metade.

O presidente mundial da GE Hydro o brasileiro José Malta, afirma que vai desembolsar US$ 140 milhões nos próximos dois anos. E esse recurso será usado na modernização da fábrica de Araraquara (SP), na construção de um laboratório de turbinas hídricas, entre outras atividades. "O investimento também será utilizado para fechar a unidade canadense e duplicar a capacidade de Araraquara", acrescenta o executivo.

Mas centavo algum teria saído do cofre da GE caso não houvesse boas perspectivas no país para a geração hídrica. Segundo os dados da multinacional americana, o Brasil tem potencial para agregar 4 gigawatts (GW) por ano de fonte hídrica à matriz energética nacional, o que lhe dá a segunda posição no potencial mundial de geração a partir da hidroeletricidade. A líder neste quesito é a China, que demandaria aproximadamente 8 GW anuais.

"O Brasil tem um potencial de geração hídrica a ser desenvolvido de 200 GW", afirma Flávio Antônio Neiva, presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage). Para Neiva, além desse volume estimado, a GE também deve ter percebido que com o leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira do complexo do rio Madeira, o país mostrou que é possível desenvolver projetos de matriz hídrica na bacia amazônica respeitando o meio ambiente. "Isso é uma quebra de paradigma", completa o presidente da Abrage.

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