Micro e pequenas empresas e universidades instaladas no Estado da Bahia terão, até 2010, R$ 100 milhões disponíveis para projetos de inovação tecnológica. No próximo dia 19, a Secretaria de Ciência e Tecnologia lança três editais que vão disponibilizar R$ 19 milhões não-reembolsáveis, ou seja, a fundo perdido. Além disso, há R$ 60 milhões que as empresas podem utilizar para melhorar sua infra-estrutura, também não-reembolsáveis e mais R$ 20 milhões que podem ser emprestados a juro zero.
O problema, porém, é atrair as companhias, que ainda resistem a investir em inovação. Lançado em agosto de 2006, o programa Juro Zero, que empresta dinheiro a empresas que tenham projetos de inovação ao custo apenas da correção monetária, só apresentou demanda de quatro empresas que, juntas, somam um empréstimo no valor de R$ 2,5 milhões, 12,5% do capital total que o programa tem para oferecer a micro e pequenas empresas da Bahia.
Elias Ramos de Souza, diretor de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), espera que o mesmo não ocorra com os novos editais. A tendência é que eles sejam mais procurados, uma vez que o valor emprestado agora não requer devolução.
A Fapesb, que faz a seleção dos projetos que vão receber o dinheiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), quer assegurar o recebimento de diversos projetos para análise. Para isso, se uniu à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e realizará na primeira quinzena de março uma oficina de elaboração de projetos.
Além da falta de informação sobre os programas de financiamento e de como participar deles, outro entrave é a morosidade com a qual os valores chegam aos Estados. O dinheiro que entra agora na Fapesb é de edital realizado pela Finep em 2006, cujo resultado só foi divulgado em março de 2007, e o dinheiro liberado para os Estados em setembro. Só depois disso a Bahia começou a trabalhar nos editais.
A primeira vez que o Estado recebeu dinheiro da Finep foi em 2004: R$ 4 milhões, que foram somados a mais R$ 4 milhões referentes à contrapartida do governo do Estado. Os valores já foram aplicados e os projetos finais apresentados. Um deles foi feito pela Braskem. Com os recursos do edital, a empresa desenvolveu um novo tipo de polímero, patenteou o produto no exterior e agora estuda utilizá-lo na fabricação de capacetes e coletes à prova de bala.
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