No tempo da ditadura os jornalistas mais experientes diziam que eram obrigados a dar maior cobertura ao noticiário internacional do que ao nacional, porque a censura impedia de colocar notícias nacionais que interessavam.
Hoje a Folha retroagiu a essa prática. Coloca na manchete principal de primeira página, uma notícia sobre a campanha presidencial nos EUA, quando os concorrentes são apenas pré-candidatos ainda.
E a manchete da Folha sobre Obama é maior do que sua importância.
A campanha presidencial dos EUA vinha merecendo apenas um destaque menor na primeira página da Folha nos dias anteriores. A principal manchete vinha sendo notícias nacionais, principalmente sobre os cartões, enquanto o assunto não chegou ao SERRAcard.
Desde que o SERRAcard explodiu no noticiário a partir de sexta-feita, os jornais do PIG não fazem outra coisa a não ser abafar o caso.
O PIG usou a máxima de Maquiavel: "Convém fazer o mal todo de uma só vez para que seja suportado durante menos tempo, pareça menos amargo;"
Fizeram todo estrago sobre o SERRAcard concentrado na sexta-feira (mesmo assim REDUZINDO DANOS à imagem de Serra ao esconderem seu nome).
Depois disso cuidam de abafar, e ir mudando de assunto.
A Folha sempre vai alegar que noticiou nas páginas internas.
Mas a capa tem um valor muito maior.
É um cartaz que fica exposto nas bancas.
Muita gente que não compra jornal, pára ao lado das bancas para ler, só lendo o "cartaz" da primeira página que fica pendurado em exposição.
A Folha está com fortes sinais de estar sob severa censura do autoritário governo demo-tucano de José Serra. E parece colaborar com esta censura, com entusiasmo.
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