O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, ontem, que a o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, poderá retornar à Casa como parlamentar, caso seja cassado o mandato do deputado Marcos Antônio Ramos da Hora (PRB-PE). Severino renunciou à presidência da Câmara, em 2005, após denúncia de que ele cobraria propina ao dono de um restaurante que funcionava nas dependências da casa. O episódio ficou conhecido como "o mensalinho de Severino". Ao renunciar, ele evitou o processo de cassação de seu mandato, que poderia levar à perda de seus direitos políticos por oito anos. Com isso, pôde se candidatar em 2006 e o fez pelo PP, o mesmo partido pelo qual foi eleito presidente da Câmara. Mas, Severino acabou como primeiro suplente.
Com isso, se Marcos Antônio Ramos da Hora for cassado, são grandes as chances de Severino assumir o seu lugar. Hoje no PRB, Hora foi eleito pelo PSC. Antes de tomar posse, ele já havia mudado de partido, indo para o PAN. Depois, o PAN foi incorporado ao PTB. Em julho passado, Hora filiou-se ao PRB, alegando descontentamento com a incorporação. O PP estava coligado ao PSC nas eleições em Pernambuco.
A ação contra Marcos Antônio Ramos da Hora foi proposta por Fernando Antônio Rodovalho (PSC-PE), o 86º suplente na disputa à Câmara por Pernambuco. O Estado tem direito a 25 deputados. Na ação, Rodovalho sustenta que Marcos Antônio Ramos da Hora continuaria a mudar de partido se não tivesse sido instituída pelo TSE a perda do cargo eletivo para os casos de infidelidade partidária. O relator do caso é o ministro Cezar Peluso. O TSE retorna do recesso em fevereiro próximo, quando retoma os julgamentos.
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