O Programa de Aceleração para o Crescimento (PAC) representa o início de uma mudança no modelo econômico do país, porque é uma forma de planejar a economia brasileira, que nos últimos anos esteve voltada basicamente ao controle de inflação, via taxa de juro elevada. Essa é a principal conclusão do estudo Pensando uma Agenda para o Brasil, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que sugere ainda uma mudança imediata na estrutura tributária brasileira para melhorar a distribuição de renda, já que os tributos "incidem mais sobre a camada mais pobre".
O PAC representa um grande instrumento para fomentar a economia interna, tornando-a mais robusta, e reduzir a necessidade do Brasil perante o mercado externo - disse o membro do colegiado de gestão do Inesc, Atila Roque, um dos autores do estudo.Segundo Roque, os investimentos previstos para a área de infra-estrutura incentivam a geração de emprego, a demanda interna e os investimentos privados. O professor de economia da Universidade de Brasília, Vander Mendes, concorda com tal teoria.
O PAC é a primeira iniciativa de planejamento econômico feita nos últimos 20 anos. E a partir do momento que ele sinaliza ser um instrumento de investimento, principalmente na área de infra-estrutura, ele estimula a oferta e a demanda no mercado interno - disse Mendes.
Retomada do crescimento
De acordo com o estudo do Inesc, o PAC representa uma mudança de concepção do governo Lula em seu segundo mandato.O programa expressa uma nova forma de pensar a relação entre duas instituições essenciais para o desenvolvimento social de um país, o Estado e o mercado - conclui o estudo.
Com o PAC, descreve o Inesc, o governo vai "reequilibrar a disputa sobre os rumos da economia brasileira, que estava comandada por idéias estagnacionistas e concentradoras de renda
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