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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Onde se encaixa o Presidenciável Arthur Virgílio
Calma leitor! Esse "se encaixa" não se refere ao bloco carnavalesco preferido do Arthur Vírgilio em Santarém, e sim à sua condição de presidenciável tucano.
É provável que ele acredite na sua candidatura (só ele, mas já é um começo).
Pelo fato de José Serra ainda não ter se manifestado contra, e até parece "incentivá-lo", concluímos que nesse mato tem coelho.
Na escala política dos presidenciáveis, temos da esquerda para a direita:
À esquerda: Dilma Roussef e Patrus Ananias (há outros nomes em cogitação, como Jacques Wagner)
Centro-esquerda: Roberto Requião, Ciro Gomes e Cristovam Buarque.
Centro-direita: Aécio Neves.
E a ponta extrema da direita, hoje despontam: José Serra, Kátia Abreu (os demos querem prepará-la para ser o que seria Roseane Sarney em 2002), e Heloísa Helena (ela acha que é de esquerda, mas seu Psol vota pela diminuição de impostos sociais no congresso exatamente como prega a direita neoliberal, ao lado dos demo-tucanos, então ela é o que ela é, e não o que diz ser).
José Serra está se sentindo desconfortável em ser o candidato mais de direita que existe.
Então ele quer ter um figurante como Arthur Virgílio para parecer ser mais à direita dele. Com isso Serra fica melhor na foto, deslocando-se um pouquinho para o centro.
Outra função do Arthur Virgílio é guardar lugar. Se o lugar que ele ocupa de oposição extremista de direita ficar vazio, os demos a ocupam.
Serra não quer esse lugar porque só tem voto de uma minoria, e espanta o voto da maioria, apesar do lugar ser de Serra, por mérito.
Se Arthur Virgílio não ocupa esse lugar, esses votos migrarão para o candidato dos demos, ou de outro partido de direita pequeno (como um novo Enéas, por exemplo).
2010 ainda está longe, então é tudo meras análises políticas.
O que está perto é o carnaval, e enquanto isso o senador Arthur Virgílio continua tentando convencer que sua campanha à presidência é pra valer, no bloco "Eu Não Dou o Meu Cuatí!" que ele co-patrocina em Santarém, Pará.
O difícil será os foliões acreditarem... sem duplo sentido, por favor ...
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