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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O jornalismo homicida de Eliane Cantanhêde

Segundo o Dr. Celso Francisco Granato, chefe do laboratório de virologia da UNIFESP, 60 milhões de brasileiros foram vacinados no ano passado.

Devido aos efeitos colaterais que a vacina tem (o que é comum com praticamente toda vacina), 4 pessoas morreram em decorrência da vacinação.

Por isso o "alerta amarelo" de Eliana Cantanhêde para que TODOS os brasileiros se vacinem, seja onde for que vivam, é mais do que absurdo.
Simplesmente pode produzir TANTO ou MAIS MORTES do que o próprio mosquito, principalmente a quem NÃO TEM CONTATO com áreas de incidência.

10 entre 10 médicos são enfáticos em recomendar que só vacinem quem viaja ou mora nas regiões indicadas, e que ainda não tenham sido vacinados nos últimos 10 anos (o período de validade da vacina). Além disso antes de vacinar, a pessoa precisa verificar se não se enquadra nas contra-indicações.

Bastaria à senhora Cantanhêde ter ouvido UM ÚNICO médico para não fazer absurdas recomendações homicidas.

Em Brasília, uma mulher sofreu choque anafilático por ter vacinado duas vezes em curto espaço de tempo.

Também no DF, um jovem de 20 anos foi internado no Hospital Regional de Taguatinga com um quadro de hepatite por ter tomado duas vacinas no mesmo dia e outra no dia seguinte.

A irresponsabilidade da imprensa demo-tucana, como da senhora Cantanhêde, é tão grande, que pessoas com a vacinação em dia, têm engrossado as filas e acabado com estoques das doses enviadas pelo governo federal.

A sobrecarga de atendimento nos postos de vacinação prejudicam a orientação ao paciente pelo profissional de saúde no que diz respeito às contra-indicações.

Muitos pacientes, em estado de pânico provocado pela imprensa, vão se vacinar sem procurar sua caderneta de vacinação em casa ou pelo menos tentar se lembrar de quando foram vacinados da última vez.

Outros, também por medo da doença, e pela imprensa incitar a NÃO ACREDITAR nas autoridades de saúde do governo, chegam a mentir conscientemente sobre sua situação de já vacinados, ou esconder seu próprio quadro clínico contra-indicado.

Em 5 estados a cobertura vacinal já passa de 100%, o que indica que as pessoas estão se vacinando mais de uma vez num período menor que dez anos.

Vacinação reduz doação de sangue.

Quem se vacina contra a febre amarela, deve esperar 4 semanas para doar sangue.

Na região de Ribeirão Preto as doações caíram até 40%.

Quem é doador de sangue e precisa se vacinar, deve doar sangue antes de se vacinar.

O Grupo Folha de São Paulo, que emprega a senhora Cantanhêde, deveria em todos seus veículos de mídia: Portal Uol, Folha on-line, Folha de São Paulo, publicar em primeira página uma nota de esclarecimento, para evitar novas mortes desnecessárias de quem tem contra-indicação, e evitar atendimentos que seriam desnecessários na rede pública, atrapalhando outros enfermos.

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