Não é carnaval. É protesto contra os Demos, no Rio!
O Prefeito Cesar Maia, o cacique dos Demos no Rio de Janeiro, conseguiu desagradar a todos.
O prefeito tem a fama de governar a cidade sitiado em seu "bunker" num mundo virtual, viciado em computador o dia inteiro, isolado do mundo real, tal qual ficava Adolf Hitler às vésperas da queda de Berlin na Segunda Guerra Mundial.
Como resultado, nunca neste país a cidade do Rio ficou tão abandonada, praticamente sem ter quem a governe.
Até a classe média alta do Rio de Janeiro aderiu aos protestos contra o abandono e participa das articulações por um boicote ao pagamento do IPTU até passarem as eleições. Porque ninguém vê onde a prefeitura gasta o dinheiro.
E o César Maia já ficou conhecido por fazer obras "cenográficas", de ficção no último ano de mandato. Ele esburaca a cidade e depois tampa de novo, sem fazer benfeitorias que justifiquem o transtorno e o gasto do dinheiro público.
Neste último fim de semana houve uma passeata na praia do Leblon (um dos bairros mais ricos do Rio de Janeiro), mas César Maia tornou-se uma unanimidade (contra ele) tão grande que vieram gente de toda parte da cidade para protestar.
Os organizadores foram associações de moradores de mais de 20 bairros.
Já marcaram a próxima passeata para o bairro do Méier, na Zona Norte (longe da praia, dessa vez).
Há quem critique estes protestos como sendo coisa de ricos CANSADOS interessados apenas em remover favelas de suas vizinhanças. Claro que há pessoas com este intuito, mas não se trata da maioria.
Quando César Maia fez um programa de urbanização de favelas idealizado e iniciado por Leonel Brizola (o programa favela-bairro), foi bem recebido por praticamente toda a cidade.
Todos acreditavam que as comunidades seriam reurbanizadas sem remoção.
O problema é que ao urbanizar essas áreas, entrou a influência de políticos e vereadores ligados ao prefeito. E, em vez de respeitarem o projeto de reurbanização original, ocorreu uma especulação imobiliária nas regiões mais bem localizadas.
Em vez dessas áreas serem ocupadas por sem-tetos como era antigamente, algumas comunidades tornaram-se verdadeiros loteamentos, com obras de terraplanagem irregulares por desmatar áreas de preservação e contenção de deslizamento quando chove.
Tudo isso explorado por "empresários" políticos e milícias, que constroem dezenas a centenas de barracos e alugam por valores nunca inferiores a R$ 200 por mês. O alto custo da moradia (para população de baixa renda) nestas áreas acaba por expulsar para outros lugares mais longe muitos moradores que não tem renda suficiente para acompanhar esses preços.
Tudo isso ocorre sob as vistas grossas da prefeitura.
Há vereadores da base de apoio ao prefeito, sendo investigados pelo Ministério Público por envolvimento com milícias, e até assassinato.
Já tornou-se comum, após uma prisão, quando conseguem habeas-corpus, esses vereadores saírem da cadeia para uma audiência com o prefeito.
Outro questionamento, é que o gasto feito pela prefeitura em algumas comunidades urbanizadas, era superior a comprar uma boa moradia em bairro de classe média para cada família moradora da comunidade.
Hoje, a esperança dos moradores das comunidades carentes no Rio, é o PAC do saneamento e moradia, do presidente Lula.
O briga demo-tucana que envolve Alkcmin e Kassab em São Paulo está se repetindo no Rio. Os tucanos cariocas (que foram vice de César Maia em 2004), viraram a casaca e fazem oposição ao prefeito, afinal ninguém mais está disposto a enfrentar as urnas como sendo o candidato apoiado por essa "mala" do César Maia.
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