Foi quebrado o recorde de criação de empregos com carteira assinada no Brasil. No ano passado, o saldo entre contratações e demissões ultrapassou 1,61 milhão de postos de trabalho, o que significa 31,6% de aumento em relação a 2006. Antes disso, o melhor desempenho foi em 2004, com pouco mais de 1,52 milhão de vagas. Na comparação com aquele ano, a elta foi de 6,1%. Construção civil, serviços e comércio também registraram suas melhores marcas, mas em termos absolutos, o setor de serviços foi o que mais contribuiu, com 587.103 vagas. Em seguida, vêm comércio (405.091), indústria de transformação (394.584), construção civil (176.755) e agropecuária (21.093).
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, também mostrou vários recordes nos Estados. No ano passado, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Ceará, Maranhão, Rondônia, Piauí e Tocantins tiveram seus melhores desempenhos.
Nos serviços, dois segmentos lideraram a criação de empregos formais no ano passado. Administração de imóveis, com saldo de 249.320 vagas e alojamento, alimentos e manutenção, com 170.284 postos de trabalho. Entre os quase 400 mil empregos criados na indústria de transformação, os segmentos mais dinâmicos foram os de alimentos e bebidas (94.657), metalúrgico (58.113), material de transporte (49.631) e mecânico (47.995). As indústrias de calçados mostraram recuperação em 2007 criando 9.177 postos. Segundo o governo, isso ocorreu pela força do mercado interno. Em 2006, foram perdidos 401 empregos calçadistas.
Na construção civil houve um salto de 85.796 empregos novos, em 2006, para a criação de 176.755 postos no ano passado. O ministro Carlos Lupi explicou que diversos fatores contribuíram para esse desempenho. Citou a demanda reprimida de habitações, o aumento da renda e a política "agressiva" do governo no financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele apostou que o setor vai quebrar esse recorde em 2008.
As empresas comerciais tiveram saldo positivo de 405.091 vagas entre contratações e demissões de trabalhadores em 2007. Isso significa aumento de 20,27% sobre o ano anterior. O comércio varejista teve elevação de 333.073 empregos. Na agropecuária, o Caged mostrou que foram criados 21.093 empregos com carteira assinada, mas esse resultado representa recuperação sobre 2006, quando o saldo foi de apenas 6.574 vagas. A administração pública teve aumento de 15.252 postos em 2007, ante 8.253 novos no ano anterior.
Na perspectiva para este ano, Lupi afirmou que vai haver nova quebra de recordes de expansão do emprego formal. Sua previsão é a de criação de 1,8 milhão a 2 milhões de postos de trabalho. Ele disse que conta com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima dos 6% este ano. Otimista, disse que a crise financeira nos Estados Unidos não preocupa, porque a demanda interna é forte, o país não é mais tão dependente desse mercado e ainda revelou que há um número recorde de cidadãos americanos investindo no Brasil, principalmente no segmento de hotelaria na Região Nordeste.
A análise geográfica dos números do Caged revelou que São Paulo foi o Estado que mais criou empregos formais em 2007, com 611.539 vagas. Minas Gerais veio em segundo lugar, com mais 168.398 postos de trabalho. Depois, em ordem decrescente, vêm, entre outros, os saldos de Rio de Janeiro (144.786), Paraná (122.361), Rio Grande do Sul (94.324), Santa Catarina (8.3630), Bahia (58.720) e Pernambuco (46.348). Registraram perda de empregos com carteira assinada os Estados de Alagoas (505) e Acre (96).
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