Cerca de 14 pontos percentuais de água a mais nos reservatórios do País, com relação aos níveis pré-racionamento, 21.230 quilômetros a mais de linhas de transmissão de energia e uma menor dependência das chuvas. São esses os fatores com os quais o governo conta para garantir que o País passa por uma situação bem mais confortável do que aquela de 2001, quando os brasileiros tiveram que economizar energia.
O receio dos consumidores livres de energia surgiu porque no ano passado os reservatórios estavam com 68% da capacidade nesta época do ano nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que representam dois terços da capacidade de armazenamento de energia do País. Agora estão com 46,78% da capacidade.
Em comparação com o nível dos reservatórios das hidrelétricas, em janeiro de 2001, ano do racionamento de energia, nas mesmas regiões, mostra que os reservatórios estavam com 31,41% da capacidade, 14 pontos percentuais, portanto, abaixo do patamar de agora. Naquele ano, o País contava com 70.030 quilômetros de linhas de transmissão de energia. Agora são 91.260 quilômetros, dados do final de 2007, segundo o Ministério de Minas e Energia. A expansão é considerada fundamental pelo governo, mas desprezada por alguns especialistas.
O principal argumento do governo para assegurar que não há risco de racionamento neste ano e no próximo é que duplicou a capacidade de transmissão de energia entre as regiões Sudeste e Sul e mais do que dobrou entre o Nordeste e o Sudeste. Além disso, reduziu a dependência das hidrelétricas. Em 2001 89% da matriz energética do País era baseada em hidrelétricas. Com a construção de termelétricas, a dependência das hidrelétricas para produzir energia caiu para 80%. "Isso dá mais flexibilidade ao sistema para poupar energia das hidrelétricas", argumenta o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, (EPE), Mauricio Tolmasquim.
O governo acionou térmicas que estão gerando 5 mil megawatts (MW) e está mandando energia do Sul para o Sudeste e deste para o Nordeste, já que os reservatórios do Nordeste estão com pouca água armazenada, apenas 27,73% da capacidade dos reservatórios. O Sudeste está com 46,48% e o Sul, com 67,33%.
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