Como parte da ofensiva em 2008, a oposição pretende reforçar sua estrutura para colher bons resultados nas eleições municipais. O PSDB vai organizar um inventário de sua situação em todo o país, realizar uma campanha de filiações e reaproximar-se de aliados políticos. Isso inclui até mesmo partidos da base política do governo. Nos próximos dias, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), terá um encontro com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), como primeiro passo na reabertura das conversas com peemedebistas.
No ano passado, uma fatia importante do PMDB, que agora integra o Conselho Político do governo, fez parceira eleitoral com o PSDB. Além da conversa com Temer, Guerra quer retomar os contatos com governadores do PMDB, como Luiz Henrique (SC), um aliado que está afastado dos tucanos. A temporada de rearticulações começou na semana passada com a visita de Sérgio Guerra ao PPS. Outro foco do senador é o PSB, que tem como principal estrela seu amigo e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Apesar de alguns percalços e intrigas, a aliança entre PSDB e DEM fecha o ano intacta. “Não há problema entre nós”, comentou Guerra, após o primeiro encontro formal com o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), para acertar os ponteiros e organizar a oposição daqui para frente. Nos últimos meses, enquanto o DEM exibia a bandeira do fim da CPMF, a bancada do PSDB sofria as pressões dos governadores, especialmente Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), que queriam aprovar sua prorrogação.
Senado
“Estamos inaugurando uma fase nova. Houve um reencontro entre PSDB e DEM, sacramentado pela CPMF”, afirmou o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Divididos entre os interesses administrativos dos governadores e a pressão dos deputados, que votaram contra a CPMF, os senadores tucanos reconhecem a experiência inédita. “Foi uma injeção de autoconfiança da oposição, que estava sem vitórias significativas”, avaliou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). “Começaremos o ano de 2008 com uma oposição mais aguerrida e disposta a enfrentar as aberrações do governo.”
Com 27 votos no Senado, a Arthur Vírgilio avisa que pode infernizar a vida do governo, já que as articulações em torno da CPMF ofereceram uma nova realidade: pelo menos dois senadores da base aliada, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Expedito Júnior (PR-RO), passaram a seguir orientação dos líderes oposicionistas. “Temos aliados consistentes na base de Lula”, disse Guerra e Vírgilio .
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