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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Mensagem do Presidente à você


No discurso que fará hoje à noite em rede nacional, com a mensagem de fim de ano à Nação, o Presidente Lula dará destaque à atuação da Petrobras e às bacias petrolíferas descobertas este ano. E não deve falar muito sobre a CPMF no Senado. Embora esteja prevista uma referência ao tema, o discurso deixará claro que não tem ninguém mais otimista do que Lula, mesmo sem os R$ 40 bilhões do imposto do cheque. O assunto só será tratado em janeiro, quando o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, voltar do recesso.

Otimismo a toda prova

Pronunciamento do Presidente Lula hoje à noite destacará o desempenho da economia e o “momento extraordinário” do país

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentará hoje à noite. Em cadeia nacional de rádio e televisão, Lula esbanjará otimismo. Reforçará a tese de que o Brasil vive um “momento extraordinário”.

Além disso, projetará um 2008 melhor do que 2007, mesmo com o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, diz que não haverá menção a aspectos negativos no pronunciamento do Presidente.

Seria uma deselegância, alega o ministro, já que festejos de fim de ano só comportariam mensagens positivas. “Na verdade, será um presente de Natal para os brasileiros. As notícias são alvissareiras”, declarou Múcio. “Temos tanto de bom para falar. Será um pronunciamento otimista, sobre as vitórias que a sociedade conquistou neste ano”, acrescentou.

A tendência é o Presidente relembrar dados nas áreas econômica e social. São favas contadas que mencionará pesquisa recente segundo a qual 20 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a classe C desde 2003. Também deve ser destacado o desempenho da economia no terceiro trimestre, que cresceu 5,7% na comparação sobre o mesmo período do ano passado. A não ser que haja mudança de última hora, não serão abordadas as medidas estudadas pelo governo para compensar o fim do imposto do cheque, que renderia R$ 40 bilhões à União no próximo ano.

Além de apresentar as linhas gerais do pronunciamento à nação, Lula aproveitou a última reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto, para tratar de desafios no Congresso. Diante de sete ministros, reafirmou a intenção de enviar a proposta de reforma tributária ao Congresso em fevereiro. “Não é uma matéria fácil de ser votada. Isso não significa que não vamos enfrentar o problema”, afirmou Múcio.

Ontem, o coordenador político lembrou que dedicará o mês de janeiro para resolver as pendências apresentadas pelos partidos que apóiam o presidente. Tentará destravar indicações para cargos de segundo escalão e chegar a um consenso sobre o corte de emendas parlamentares em 2008.

Deputados e senadores dos partidos governistas resistem à proposta de reduzir o valor das emendas incluídas no Orçamento da União. Múcio garantiu que a tesoura será usada, já que as leis orçamentárias aprovadas nos últimos anos não seriam realistas. Custariam mais do que pode ser pago. “Há um distanciamento muito grande entre o sonho e o possível.”

Lula terminou o dia em clima de festa, no lançamento da lista dos melhores vinhos brasileiros. Brindou com uma taça de espumante e reclamou que não recebe garrafas de bebida de presente. Prometeu ajudar a divulgar o vinho“como a cachaça brasileira, que já é conhecida em todo o mundo”.

...Céu de brigadeiro na economia

Lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de R$ 504 bilhões até 2010. Em janeiro.

Brasil entra pela primeira vez no grupo de países considerados, pela ONU, de alto índice de desenvolvimento humano.

Pesquisa Datafolha revela que 20 milhões de brasileiros migraram das classes E e D para a classe C desde 2003. Em dezembro.

PIB do país cresce 5,7% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme o IBGE. Em dezembro.

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