Yolanda Pulecio Betancourt usa um verbo forte para se dirigir ao Presidente Lula : "Eu suplico a ajuda de Lula e do governo brasileiro para libertar minha filha".
Yolanda é mãe de Ingrid Betancourt, 45, ex-presidenciável colombiana que foi seqüestrada há cinco anos e nove meses pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), guerrilha que controla quase um terço do país. Ela fez questão de viajar de Bogotá a Caracas no último sábado, com um grupo de familiares de seqüestrados, para discutir a situação do acordo humanitário, de troca de reféns por prisioneiros das Farc, que vinha sendo negociado entre a guerrilha e o governo, com a intermediação do presidente venezuelano Hugo Chávez e o apoio de seu colega francês, Nicolas Sarkozy (Ingrid é franco-colombiana).
No dia 21 de novembro, Uribe suspendeu as negociações [ele anunciou ontem um plano para retomá-las] e descartou a ajuda de Chávez, alegando ingerências do venezuelano em assuntos internos da Colômbia. Os dois atos afligiram os familiares dos seqüestrados, que acalentavam a esperança de conseguir passar o Natal com seus parentes.
"Devido à crueldade, arrogância e insensibilidade de Uribe, voltamos à estaca zero", disse Yolanda, os olhos enchendo-se de lágrimas, no lobby do hotel Meliá, Caracas, onde se hospedou. Durante toda a conversa, ela acariciou uma pasta que continha a carta de 12 páginas escrita por Ingrid e enviada pelas Farc como prova de vida da seqüestrada. Abaixo,um trecho da entrevista que Yolanda Pulecio Betancourt deu à Folha, se você for assinante aqui. Se não for, aqui no blog Consciência Política, do André, tem a entrevista na integra
SÚPLICA
Eu peço que todos os políticos, artistas, escritores se mobilizem em toda a América Latina para nos ajudar a libertar Ingrid e demais seqüestrados. Isso que está acontecendo na Colômbia pode acontecer em qualquer país. E suplico ao presidente Lula e ao governo brasileiro que intervenham para fazermos o acordo humanitário, que trará o caminho da paz.
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